IPOs, a chegada de novos unicórnios para a lista, e as rodadas de investimento que não param de acontecer. Esse é um resumo preciso deste ano para se referir ao contexto das startups brasileiras que, mais do que promissoras, elas se tornaram sinônimo de bons investimentos.

E bota bom nisso: somente em 2021, o mercado de startups no Brasil somou US$ 5,2 bilhões em aportes — isso que foi apenas um compilado do primeiro semestre do ano, encerrado em julho, feito pelo Distrito, hub de inovação e inteligência de mercado. De acordo com o levantamento, o volume de investimentos ultrapassou em 45% do aportado em 2020 inteiro.

Achou pouco? Então, relembre alguns dos momentos mais marcantes do ano para essas empresas.

 

Teve Wall Street pintada de roxo

Uma bandeira roxa com o logotipo da startup Nubank na fachada da bolsa de valores de Nova York

Imagem: divulgação/Nubank

O ano do Nubank foi bastante agitado. Em janeiro, a startup conseguiu US$ 400 milhões em uma rodada de investimentos que tinha como intuito expandir a empresa para a América Latina.

Alguns meses depois, em junho, a startup recebeu outro investimento que chamou atenção: US$ 500 milhões de nada menos que Warren Buffet, um dos principais nomes do mercado.

Em dezembro, a companhia completou seu processo de IPO, entrando oficialmente para a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Com a estreia, a empresa alcançou um valor de mercado que ultrapassou os US$ 50 bilhões.

Com isso, sabe quem eles também ultrapassaram? O Itaú. E ganharam a classificação de “banco mais valioso da América Latina”. Mais do que isso, o Nubank se tornou a terceira empresa mais valiosa do Brasil, perdendo apenas para a Vale e para a Petrobras. É mole?

Agora, a fintech segue com planos rumo à América Latina, com a consolidação da expansão dos negócios para Colômbia e México.

Teve uma lista de unicórnios no vale encantado das startups

Pessoa vestida de unicórnio em cima de uma montanha, em uma imagem que ilustra startups unicórnio

Imagem: Stephen Leonardi/Unsplash

Mas não é só de Nubank que vive o mercado de startups brasileiro, não é mesmo? A lista de unicórnios em solo nacional se torna cada dia mais recheada.

A mais recente a entrar para a lista seleta foi a Facily. Em dezembro, o aplicativo de e-commerce de alimentos divulgou a captação de US$ 135 milhões em extensão de Série D, somados aos US$ 250 milhões do aporte recebido em novembro, o que a fez atingir o status de unicórnio.

Além dela, outras também alcançaram o patamar de US$ 1 bilhão em valor de mercado neste ano, começando pela MadeiraMadeira, que recebeu um aporte de US$ 190 milhões e logo em janeiro já ganhou o selo. A lista de 2021 inclui também:

  • Hotmart
  • Mercado Bitcoin
  • Unico
  • Nuvemshop
  • Frete.com
  • Cloudwalk
  • Daki
  • Merama
  • Olist

Teve muito, mas muito investimento

Boneco da miniatura de um homem sentado em cima de uma pilha de moedas

Imagem: Mathieu Stern/Unsplash

 

As fintechs são os principais nichos de investimentos, ainda segundo o levantamento feito pelo Distrito. Foram mais de US$ 2 bilhões levantados no primeiro semestre do ano pelo segmento, com cinco rodadas em aportes superiores a US$ 100 milhões.

Mas há muitas possibilidades dentro do mercado brasileiro, já que o número de empresas do tipo saltou de 5 mil para 13 mil, espalhadas por 692 cidades brasileiras, como aponta o relatório de impacto do Google for Startups. O levantamento considerou o período de 2016 a 2021.

Educação, por exemplo, se tornou um mercado ainda mais atrativo com a pandemia e consequente evolução da educação à distância e do chamado lifelong learning (ou aprendizado por toda a vida, em tradução livre) — tudo isso por conta do distanciamento social. Nesse segmento, o Brasil sai à frente na América Latina, sendo o País com mais sedes de edtechs na lista da HolonIQ, somando 39 empresas.

A Totvs, uma das maiores empresas de software em território nacional, inclusive anunciou um fundo de R$ 300 milhões para investimento em startups. O foco dos aportes é variado: saúde, varejo, manufatura, serviços financeiros, agricultura e educação.

Isso só corrobora com a ideia de que investir em startups dá jogo e que o futuro das brasileiras é bastante promissor.

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