A Microsoft confirmou a remoção do Twitter da lista de empresas que recebem suas campanhas publicitárias na próxima semana. A medida foi decidida pela dona do Windows e do Xbox após a rede social confirmar a cobrança mensal de US$ 42 mil (R$ 211,77 mil) pelo uso de sua API por parte de organizações e instituições.

O anúncio feito pela Microsoft vem como uma forma de posicionamento, e não como uma escolha orçamentária: conforme apontou o Techcrunch, a empresa liderada por Satya Nadella tem aproximados US$ 100 bilhões de prontidão de uso e um valor de mercado que passa do “trilhão de dólares”, é bem óbvio que ela tem dinheiro para pagar o que pede o Twitter. Ela só não concorda em fazê-lo.

Microsoft

Imagem: Shutterstock

Segundo o site, a Microsoft já enviou e-mails aos usuários de sua plataforma publicitária, afirmando que ela não dará mais suporte ao Twitter em suas campanhas, a partir de 25 de abril de 2023 – próxima terça-feira.

Elon Musk, o CEO do Twitter, evidentemente não gostou da ideia de perder um parceiro tão grande e, como de costume, ameaçou processo:

Se ele vai cumprir a ameaça ou não, como diz a expressão, “são outros quinhentos”. Vale lembrar que ele fez a mesma ameaça à Apple quando a “Maçã” estava envolvida em rumores sobre remover o app do Twitter da sua App Store. No final, ninguém processou ninguém.

Musk não detalhou o que exatamente a Microsoft “treinou” usando “dados do Twitter”, mas o Techcrunch presumiu que o controverso bilionário tenha se referido ao acordo da Microsoft com a OpenAI, que resultou na incorporação da ferramenta de inteligência artificial (IA) generativa ChatGPT ao buscador Bing.

Não há qualquer confirmação de que o ChatGPT tenha sido treinado – antes ou depois da entrada da Microsoft – com dados do Twitter, mas isso pode bem ser verdade considerando que as bases de interação humana da rede social são públicas. Mas isso também remete à animosidade do próprio Musk com as duas empresas: Elon é co fundador da OpenAI, a qual deixou alguns anos depois.

Desde então, ele tem se posicionado de forma crítica à empresa, acusando-a de “vendida” e de fechar sua tecnologia – algo que ia contra o seu mantra quando estava à frente da companhia. Musk chegou até a confirmar a criação de uma iniciativa rival no campo da IA, recentemente.

A Microsoft não elaborou comentários adicionais em sua decisão.

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