A Uber Technologies admitiu ter acobertado um vazamento de dados de 2016, como parte de um acordo com promotores de justiça dos Estados Unidos para evitar acusações criminais. O fato afetou 57 milhões de pessoas, entre elas passageiros e motoristas.

A empresa aguardou quase um ano para reportar a brecha após substituir a liderança executiva que “estabeleceu um tom forte” em relação à ética e conformidade, segundo a advogada Stephanie Hinds.

Uber admite ter ocultado vazamento de dados em 2016 para evitar acusação em acordo

Imagem: Paul Hanaoka/Unsplash

De acordo com a Reuters, a empresa tem cooperado com a acusação do ex-chefe de segurança Joseph Sullivan, sob suposto papel de ocultação da invasão. O ex-funcionário foi acusado pela primeira vez em setembro de 2020.

Segundo os promotores, Sullivan conseguiu pagar US$ 100 mil em Bitcoin aos atores e pediu aos autores para que assinassem acordos de confidencialidade, que falsamente declaravam não terem obtido dados.

Ao decidir não acusar a Uber criminalmente, o caso ganhou rápida investigação e divulgação sob a nova gerência, além de acordo fechado com a FTC em 2018 para manter um programa de privacidade abrangente por 20 anos, de acordo com Hinds.

A Uber tinha programas de bug bounty no passado, porém voltados a relatos de falhas, não ocultação de vazamentos de dados.

Uber

Imagem: Unsplash

Lentidão em divulgar vazamento de dados

O recente fato que veio à tona apenas seis anos depois parece não ter mudado a postura da empresa estadunidense de transportes. Em 2018, a Uber pagou US$ 148 milhões para cessar reclamações dos 50 estados dos EUA e Washington D.C.; a multa foi aplicada à empresa por ser muito lenta em revelar vazamento de dados.

 

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