Ao final do ano passado, o Google anunciou o “Projeto Sandbox”, que prevê, entre outras coisas, a eliminação de cookies de terceiros para usuários que usam o Chrome para navegar na internet.

O ano virou e, junto das festividades, o projeto da gigante de Mountain View já entrou em curso (via Gizmodo): desde hoje (5) cedo, cerca de 30 milhões de usuários – ou 1% da base, selecionado aleatoriamente – viram seus navegadores ficarem mais leves e mais seguros, com menos de seus dados sendo compartilhados entre companhias.

Imagem mostra um teclado de computador mencionando o monitoramento de cookies de navegação

Imagem: dizain/Shutterstock

“Cookies” são pequenos arquivos armazenam informações de navegação relacionadas a um site. Eles podem ser usados para guardar o conteúdo de um carrinho de compras ou confirmar que você está logado enquanto navega pelas páginas de alguma plataforma fechada, por exemplo. Além disso, os cookies podem ser usados para criar um perfil dos seus hábitos de navegação, o que pode ser considerado uma questão de privacidade por algumas pessoas.

O problema: além da questão ética – tais dados podem ser compartilhados entre empresas para a oferta de publicidade direcionada, por exemplo – os cookies também podem ser explorados por hackers, que podem roubar essas informações e usá-las para toda a sorte de ciber ameaça, desde acessos a perfis em redes sociais até compras em e-commerces.

O Projeto Sandbox do Google visa coibir parte disso. Além de impedir – ou menos, buscar impedir – o mau uso por hackers, a iniciativa agrupa usuários de acordo com seus interesses, levantando essas informações do seu histórico de navegação (o Chrome sendo do Google, ele não precisa de cookies para obter seus dados). Estes grupos é quem vão receber anúncios direcionados de empresas parceiras da companhia, sem que você precise aceitar cookies para navegar pelas suas respectivas páginas.

Mais além, o Google afirma que os dados coletados são armazenados no próprio dispositivo onde o Chrome estiver instalado – se você navegar pelo celular e pelo desktop, simultaneamente, os dados de um não se misturam com os dados do outro. Segundo a empresa, os dados são armazenados por um período máximo de três semanas antes de serem substituídos por versões mais recentes, ou apagados completamente caso você abandone o Chrome.

Obviamente, o projeto em si não é livre de críticas: reguladores nos EUA afirmaram que a prática pode tornar o Google ainda mais poderoso, já que não só o vetor de navegação (o Chrome, no caso) pertence à empresa, como o sistema de coleta de dados também. As questões ainda estão sendo discutidas por lá, daí a razão de apenas uma seleta parte dos usuários ter sido selecionada para essa primeira parte.

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