Phil Spencer, chefe do Microsoft Gaming, revelou por meio de seu Twitter que a empresa fechou um acordo com a Sony para manter a Call of Duty no PlayStation por 10 anos. O acordo chega após a proposta de aquisição da Activision Blizzard estar quase sendo concretizada.

Isso encerra uma batalha entre as empresas criada desde o começo de 2022, data em que a aquisição da Activision Blizzard foi anunciada. No entanto, há uma questão: como citado, o acordo só se estende a Call of Duty, não fala sobre nenhum outro jogo das companhias.

Esse é um acordo semelhante ao que foi feito com a Nintendo, que está ligado apenas a Call of Duty, mas diferente de outros negócios fechados com plataformas de jogos em nuvem, como o GeForce Now, da Nvidia.

Imagem mostra um smartphone com o logotipo da Activision em meio a vários controles

Imagem: Sergei Elagin / Shutterstock.com

Anteriormente, uma proposta apresentada pela Microsoft oferecia à Sony “todos os títulos de console da Activision existentes, incluindo Call of Duty ou qualquer outra franquia atual da Activision até 31 de dezembro de 2027”.

Os termos do acordo agora foram alterados e dizem respeito apenas à franquia de jogos de guerra da Activision – e limitada a 10 anos no PlayStation.

É curioso que essa tenha sido a proposta final, já que a Sony originalmente recurou essa proposta em dezembro de 2022. Na ocasião, a empresa havia dito que seu maior temor era que a Microsoft tornasse Call of Duty uma franquia exclusiva.

Preocupação da Sony com Call of Duty no PlayStation

Imagem do jogo Call of Duty: Modern Warfare 2, da Activision

Imagem: Activision/Divulgação

No entanto, parece que a empresa não estava necessariamente preocupada com essa série de jogos em específico. Em um e-mail enviado por Jim Ryan, chefe do PlayStation – que foi revelado durante o processo de escrutínio da Microsoft -, ele disse tinha “quase certeza de que continuaremos a ver Call of Duty no PlayStation por muitos anos ainda”.

A partir disso, uma tensão surgiu entre Ryan e Bobby Kotick, CEO da Activision. Em 21 de fevereiro deste ano, Ryan disse a Kotick que “não quero um novo contrato de Call of Duty. Quero bloquear sua fusão”.

“Eu disse a ele [Bobby Kotick] que achava que a transação era anticompetitiva, esperava que os reguladores fizessem seu trabalho e a bloqueassem”, disse Ryan durante seu depoimento durante o julgamento do negócio da Microsoft.

Justificativa da Microsoft

Activision Blizzard - Microsoft

Imagem: Casimiro PT/Shutterstock.com

Desde sempre, a Microsoft disse que manteria Call of Duty no PlayStation, argumentando que não faria sentido retirar os jogos dos consoles da Sony.

Isso até levou Spencer ao tribunal no mês passado reiterar, sob juramento, que Call of Duty permaneceria no PlayStation 5 mesmo com a fusão.

Agora, com esse acordo, isso está assegurado por pelo menos 10 anos. No entanto, o mesmo não vale para os outros jogos da Activison Blizzard – a menos que algum outro acordo seja fechado.

Via: The Verge

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