Antes do armazenamento rápido e conveniente que se resume hoje à nuvem e às unidades de disco rígido — conhecidos como HDs —, na década de 90, os computadores só contavam com uma única opção para este fim: as fitas magnéticas. Como toda antiga invenção, o armazenamento magnético também não desapareceu. Ao contrário, o recurso tem experimentado aumento graças, em parte, aos ataques ransomware.

Ransomware: aumento de ataques puxam vendas de armazenamento magnético

Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock.com

Embora não tenha sido completamente sepultada, a lentidão das fitas magnéticas foi um dos maiores argumentos para as unidades de disco rígido (HDD) tomarem o seu lugar. Agora, as unidades de estado sólido (SSD) estão prontas para suplantar os HDDs precisamente pela mesma razão: velocidade. Apesar de lentos, os dispositivos LTO (Linear Tape-Open), que surgiram nos anos 90, ainda continuam em uso por muitas empresas pelo mundo.

A razão? As unidades LTO são usadas principalmente como solução reserva para armazenamento, já que são muito lentas para qualquer outro tipo de atividade. Para muitas empresas públicas e privadas, o backup offline ainda é a opção mais segura para cópia de dados. Apesar de remeter à época ultrapassada, os cassetes de LTO não se assemelham aos antigos drive de cassetes do Commodore. O armazenamento dos cartuchos LTO 9 mais recentes podem guardar até 45 terabytes de dados.

Ataques ransomware e o futuro do armazenamento de dados

No último ano, empresas como HP, IBM e Quantum relataram que mais de 148 exabytes em fita tem sido vendidos. O número é responsável pelo aumento recorde nas vendas de soluções LTO.

O aumento de 41% em relação a 2020 e um pico de 30% comparado ao recorde anterior de 114 exabytes vendidos em 2019, segundo informações da Sweclockers.com.

Ransomware: aumento de ataques puxam vendas de armazenamento magnético

Imagem: Reprodução/Ultrium

A publicação sueca alega que o aumento de vendas de mídia magnética tem relação com a cibersegurança: o aumento de ataques ransomware. A diferença entre manter os dados em nuvem e o uso de unidades LTO é explicada pela segunda criar uma espécie de ‘espaço vazio’ no armazenamento, visto que o dispositivo está offline.

Não estar disponível virtualmente é uma forma de não ter os dados criptografados ou destruídos em um ataque ransomware. A única maneira de fazer isso seria o atacante encontrar o local onde o LTO fica armazenado, copiando ou apagando os dados de inúmeros cassetes. Um processo nada prático e que demandaria tempo.

Ransomware: aumento de ataques puxam vendas de armazenamento magnético

Imagem: Alexey Kotikov/Shutterstock.com

Se por um lado a velocidade de restauração é a inimiga da adoção primária para backup, por outro, ela pode ajudar ou mesmo evitar que uma empresa se junte às outras milhares vítimas de ransomware. Além disso, poder escolher um local distante das atividades da empresa para armazená-las vai proteger os dados de serem perdidos em incêndios ou desastres naturais.

 

Via TechSpot

 

 

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