Como era de se esperar, neste Dia Internacional da Mulher convidamos executivas para falar, mas, desta vez, a intenção não é discutir sobre ser mulher no mundo da tecnologia (e muitos outros segmentos), universo este historicamente dominado pela ala masculina — nada disso. Nossas entrevistadas, especialistas em seus respectivos segmentos de atuação, foram convidadas a falar sobre o que elas fazem de melhor em quatro principais temas: Tecnologia, claro, mas também Tendências, Desafios das empresas e, por fim — mas não menos importante — Liderança.

Ser mulher na tecnologia, neste especial do TecMasters, é mera coincidência. Esta é a primeira parte da série de entrevistas, que começam nesta terça-feira comemorativa. O assunto inicial são tendências para os próximos anos. Ao longo desta semana você poderá acompanhar o restante da conversa.

Vamos começar pelo futuro? Um papo sobre tendências e negócios

O que esperar para os próximos anos é uma pergunta que todo negócio, de qualquer segmento, deve fazer regularmente — seja para se manter relevante e alinhado às demandas de mercado, seja para criar novas possibilidades. Para falar de futuro, também é preciso analisar o presente que, hoje, ainda é impactado pela pandemia em curso.

Ana Flávia Bello, CEO LATAM da CoSafe, empresa especializada em tecnologia para comunicação e gestão de crise, acredita que, à parte do caos que algumas crises geram, há aquelas que podem ter como efeito o impulsionamento de algo. No caso da pandemia de Covid-19, a tecnologia entrou como protagonista.

“Com o avanço da transformação digital e dos crimes cibernéticos, o mundo amadureceu a necessidade de proteção de dados e tecnologias relacionadas à privacidade e segurança também tiveram um grande impulsionamento”, conta. Esses temas, para ela, são tendências que fizeram morada na atualidade e devem permanecer.

Além disso, a especialista destaca também que “por trás das plataformas e aplicativos estão algumas tecnologias que vieram para ficar e que evoluem a cada dia, como a Inteligência Artificial, criptografia, blockchain e bots”.

Inteligência artificial pode criar um mundo explorável em 3D a partir de fotos

Inteligência artificial – Imagem: Pixabay

Segurança de dados e Inteligência Artificial também são dois itens citados por Mariana Dias, CEO e fundadora da Gupy, especializada em tecnologia para Recursos Humanos. Essas são algumas das tecnologias que a executiva acredita que irão render nos próximos anos, mas ressalta que elas deverão receber ainda “aperfeiçoamento e atualizações”, mas por certo terão uma adesão maior por parte das empresas.

Mariana também aponta como tendência a digitalização dos processos e hiperautomação. Corrobora com a visão da especialista um levantamento recente realizado pelo Gartner, o qual prevê que o mercado mundial de software focado em hiperautomação deve atingir US$ 600 bilhões em investimentos em 2022 – número este que está 23% acima dos US$ 481,6 bilhões alcançados em 2020 e que pode trazer até 30% em economia para negócios.

“Algumas empresas já passaram pela digitalização dos processos, mas estamos vendo uma era de hiperautomação, ou seja, uma automação muito mais aprofundada chegando a outros setores, processos e etapas de trabalho, buscando mais agilidade e eficiência do dia a dia de colaboradores”, afirma Mariana.

A executiva também cita como tendências: metaverso, com as discussões se tornando mais práticas e aplicadas ao dia a dia; além do 5G e de tecnologias centradas no ser humano. “O surgimento de ferramentas que olhem para o humano, seja ele colaborador, ou para a satisfação dele dentro das empresas, até ele como cliente, focando em uma experiência muito mais assertiva”, completa.

Por fim, dados também devem continuar a ditar regras de estratégia de negócios, especialmente para temas que não costumam usar essas análises como regra atualmente. Essa é a aposta de Guta Tolmasquim, fundadora e CEO da Purple Metrics, que acredita que métricas e análise de dados focados em branding, especialidade da empresa, serão investimentos no futuro.

A executiva também vê o “Branding” como uma disciplina que deve se tornar permanente nas salas de reuniões. “Muitas empresas estão olhando para suas estratégias de negócio e pensando ‘preciso de marca forte’, para alcançar minha visão [de negócio]. Mas, para isso, não faz mais sentido contratar uma agência para fazer um trabalho pontual. Branding não é um projeto, é algo que se faz todo dia, então precisa ter alguém focado e acredito que, em breve, teremos mais brand managers”.

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