Cada novo ano, um novo gadget surge no mercado e promete mudar por completo a forma com que nos relacionamos com a tecnologia. Mas, apesar de muitas empresas conseguirem conquistar o status de ter criado um “produto icônico”, outras tantas pecam no básico e acabam por “errar a mão” quando o assunto é design de produtos.

Na opinião do “pai do iPod” Tony Fadell, um dos motivos pelos quais muitas empresas atualmente criam “produtos errados” é porque focam em construir design e propósito de uso que falham em atender às necessidades das pessoas, ou mesmo em resolver problemas.

“É vital entender o que as pessoas precisam ou precisarão”, disse ele, durante uma apresentação no evento Slush 2021, voltado para startups e que ocorreu em Helsinque, na Finlândia.

A palestra era justamente sobre “como construir produtos icônicos”, algo que ele tem conhecimento de causa para falar, afinal, além do iPod, o engenheiro também é conhecido por participar de produções tecnológicas que marcaram época, como o iPhone e o termostato Nest.

Foto de um iPod, representando um design de produto icônico

Imagem: Insung yoon/Unsplash

Para o engenheiro, os novos empreendedores deveriam “parar de tentar impressionar engenheiros” e focar em “dar superpoderes a todas as pessoas” – é nisso que consiste um bom produto.

“Você tem de ter certeza de que está resolvendo um problema que as pessoas estão começando a ter”, afirmou o engenheiro.

Para Fadell, “não adianta vir duas décadas antes, mesmo se a tecnologia estiver lá, disponível. As pessoas precisam entender os problemas os quais você está tentando resolver”.

‘Design de produtos’ deve focar em pessoas, não em tecnologia

Vale dizer que “design de produtos” é um assunto que ganhou os holofotes nos últimos anos não apenas no ramo da tecnologia em si, mas também porque produtos e serviços em geral, criados para os mais variados setores do mercado, estão cada vez mais se tornando de fato digitais.

Não à toa também, mais e mais empresas investem na criação de posições e áreas internas focadas em UX e CX – do inglês, as siglas respectivamente significam “User Experience” e “Customer Experience” e são ambas usadas para designar o foco dado à experiência do usuário e do consumidor com um produto ou serviço.

Ao passo que o assunto entra em destaque, no entanto, empreendedores por trás das novas criações estariam indo na contramão do que Fadell considera “certo”.

O metaverso é um dos exemplos que ele trouxe à mesa para discussão. A tecnologia é bastante disruptiva e tem despertado a curiosidade até mesmo dos menos aficionados, especialmente após o anúncio do universo criado pela Meta (antigo Facebook).

Mas a pergunta é: ele seria realmente necessário? “Estamos interessados em companhias que farão uma diferença real”, alfinetou.

Fonte: TechRadar

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