A Atari do Pac-Man não existe mais, definitivamente. Em participação no evento #ReutersNext o CEO da empresa, Fredéric Chesnais, falou sobre o futuro das criptomoedas e do blockchain, dois mercados que já são realidade para a companhia desde 2020.

A marca vende desde NFTs (itens únicos digitais autenticados) de roupas virtuais inspiradas nos antigos jogos da empresa até projetos de hotéis no metaverso com decoração temática ligada ao universo Atari.

Por isso mesmo, Chesnais não é mais CEO só da Atari mas também da CBI (Crypto Blockchain Industries), holding da qual a empresa icônica do segmento gamer faz parte.

Desde o dia 4 de novembro, a CBI passou a ter oferta contínua de ações na bolsa de Paris, após um período de sucesso de ofertas periódicas.

No evento da Reuters, Chesnais debateu com Chris Giancarlo, ex-presidente da Comissão de Futuro de Investimentos do governo dos EUA e autor do livro “Cryptodad”, sobre regulamentação do mercado de criptomoedas.

Os especialistas concordaram que um mercado de moedas digitais descentralizado é a melhor opção para o consumidor. “Veja o que a Índia está fazendo, banindo criptomoedas para criar um token regulado pelo próprio governo, a tendência é que não tenha sucesso”, afirmou Chesnais.

O CEO da Atari dividiu ainda sua visão sobre o metaverso. Apesar de a CBI ter empresas que trabalham com soluções para o ambiente virtual, o executivo foi categórico: “o metaverso não é tão importante, não é a chave da mudança”.

“A diferença é quando, junto do metaverso, há uma camada blockchain que permite algumas negociações de serem feitas. Se eu crio um item em um game, não posso vender para outra pessoa. Com o blockchain, isso é possível”, disse. “O metaverso e os games já existem há décadas, o blockchain é a grande diferença”, enfatizou.

Blockchain é futuro da identidade, dos games e da Atari

Chesnais ainda tratou da importância global do blockchain. “Metade do mundo não tem acesso a uma conta bancária, só tem um celular. Muitas vezes não tem identidade e nem endereço, mas tem um celular. Essas pessoas não vão ter conta em banco, então o único jeito de todas participarem de algum sistema bancário é com carteiras digitais e blockchain”, acredita.

“O blockchain facilitará muitas coisas, como a vida em videogames”, disse o CEO. “Com um celular posso construir um avatar e me comunicar com meus amigos. Porém, posso não ter tempo para chegar ao nível 20 de um game no metaverso, então compro itens via blockchain para chegar lá”, contou o executivo.

No dia 22 de novembro, a CBI obteve uma valorização ao comercializar com grande sucesso NFTs ligados ao DJ David Guetta. Os tokens “Crystal” dobraram o valor das ações da empresa. Agora, a holding a qual pertence a Atari vale cerca de US$ 1 bilhão.

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kauansilva
22 de dezembro de 2021 17:30

Topa

Gabriel Diniz
3 de janeiro de 2022 11:58

Maça

Vitor
14 de janeiro de 2022 00:41

Eu achei muito bom esse jogo