O Natal pode não ter sido dos mais divertidos na China — ao menos para os gamers. Em mais uma investida do país asiático contra a indústria de videogames, o território parece ter banido a versão global da Steam, a plataforma de jogos da Valve que conta com mais de 110 mil títulos.

O evento foi reportado pelo analista de dados Ricky Owens, que observou o domínio da Steam em uma lista de sites bloqueados no país. Para comprovar o ban, o portal gringo The Verge utilizou a ferramenta Comparitech, que confirmou a interrupção do endereço “store.steampowered.com” em todas as partes do país.

Versão chinesa da Steam segue no ar

No entanto, a versão chinesa da Steam, lançada em fevereiro deste ano, permanece disponível. O grande problema é que esta variante dispõe de um catálogo limitado de apenas 103 jogos (menos de 0,09% do total), além de não possuir recursos de comunidade como fóruns de discussão, community market, entre outros.

Até o momento, a plataforma da Valve não respondeu aos pedidos de comentário.

China x videogames

O recente caso da Steam é o mais novo ato de repressão do país asiático contra a indústria gamer. Em julho, a Tencent — dona da Riot Games — lançou uma tecnologia de reconhecimento facial em busca de apoiar o toque de recolher às 22h voltado para os players no território.

Um mês depois, o país determinou que os menores de idade estariam limitados a apenas três horas de jogatina por semana, para evitar o vício na atividade tida como “ópio espiritual”. A medida foi acompanhada de bans para títulos “violentos e ocidentais“, ao competitivo de PUBG e ao Fortnite.

Curiosamente, o país está entre os três maiores mercados de videogame no mundo e, no território, o setor chegou a gerar US$ 23 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano. Resta saber se novas restrições serão vistas com a chegada de 2022, dificultando ainda mais a vida de organizações e jogadores.

E pelo andar da carruagem, é muito provável que isso aconteça.

Via: The Verge

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