Parece “replay”, mas é apenas mais uma medida restritiva da China contra o mercado de jogos. O país asiático agora proibiu que competições de PUBG: Battlegrounds sejam realizadas no território, e o temor é de que a ação provoque um efeito dominó capaz de atingir outros títulos além do battle royale.

O motivo da proibição ainda é algo nebuloso. Segundo o Sports Business Journal, o vice-presidente do Comitê de Esportes da Associação de Gestão da Cultura da China, Yibo Zhang, teria justificado a medida pelo fato de o PUBG ainda não ter sido aprovado pela Administração Nacional de Publicações e Imprensa da China (NAPP).

A explicação até seria plausível, mas a censura parece focar apenas nos eventos e-Sports do game. Curiosamente, o jogo segue “liberado” e, ao menos por ora — e talvez por pouco tempo —, transmissões envolvendo o título ficaram de fora dessa medida restritiva.

Há quem diga que ao mirar as competições do battle royale, a China tentou prejudicar plataformas de jogos estrangeiras, como a Steam. Mas vale lembrar que a chinesa Tencent possui uma participação parcial em PUBG e é responsável por desenvolver a versão mobile do game. Um “tiro no pé” seria pouco provável, mas não impossível.

É incerto se a censura contra as competições de PUBG são temporárias ou eternas. Independentemente disso, a proibição afetará diversos organizadores, equipes, jogadores profissionais e até criadores de conteúdo envolvidos com o battle royale.

Ilustração e-Sports

Restrições da China ficam cada vez mais agressivas contra o universo de videogames. Foto: Soumil Kumar/Pexels

China x videogames

Vale lembrar que esta é apenas mais uma das recentes restrições impostas pela China contra a indústria gamer. No final de agosto, o país determinou que os menores de idade sejam limitados a três horas semanais de jogatina — uma hora por dia na sexta, sábado, domingo e, ocasionalmente, feriados.

Além disso, o governo local exigiu que as empresas de videogame removam “conteúdos obscenos e violentos”, bem como “tendências que sejam prejudiciais à saúde” ou incentivem a “adoração ao dinheiro ou afeminação” em seus jogos.

Foto de bandeira da China

Censura se junta a outras anunciadas anteriormente pelo país. Foto: Ezreal Zhang/Unsplash

Não bastasse tudo isso, o governo chinês informou às empresas que as aprovações para novos games online serão suspensas por tempo indeterminado. Isso porque há uma visão de que é necessário “reduzir o número de jogos” disponíveis no mercado para conter novos casos de vício.

Com a nova restrição ao e-Sports de PUBG, o receio é que competições de outros jogos possam sofrer outros atos de censura pelas autoridades chinesas. Ao que parece, o mercado gamer no país está cada vez mais encurralado, o que pode significar um baque duríssimo para um segmento que poderia explorar todo o potencial de ter a maior população do mundo.

Fonte: Game Rant

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