Autoridades chinesas aprovaram que o Boeing 737 MAX volte a voar depois de uma série de ajustes de segurança. A decisão põe um fim à incerteza sobre o futuro da empresa americana de aviação após uma longa crise. Uma diretiva da Administração da Aviação Civil da China (AACC) afirmou que o modelo pode voar, o que facilita o retorno do avião aos horários de voos no país próximo ano, após meses de negociação entre Pequim e a Boeing.

As ações da Boeing subiram consideralvemente após a decisão. Deverá ser mais fácil entregar mais de 100 aviões MAX para as transportadoras chinesas. A centena foi produzida durante os dois anos que avião ficou aterrisado na China após dois acidentes com mortes.

Boeing recebeu duas notícias sobre a liberação

A AACC disse em comunicado em 26 de novembro que espera que “a operação comercial da frota existente seja continuada progressivamente no final do ano ou no começo do próximo ano”. A notícia da decisão surgiu no dia 2 de dezembro, quando uma diretiva do governo chinês afirmaria que liberava o 737 MAX depois de tomar “ações corretivas”.

A decisão ajuda ainda a fabricante de aviões americana a conquistar um lugar na China. O país é um mercado essencial em crescimento para a aviação. A conquista acontece apesar das persistentes tensões de comércio e política entre os países.

A China é o último grande mercado de viagem a trazer o 737 MAX de volta depois que foi aterrisado em março de 2019 depois de 346 mortes em dois acidentes. Investigadores mostraram que a causa principal das tragédias foi um sistema de gerenciamento de voo defeituoso conhecido como Sistema de Características Aumentadas de Manobra (MCAS).

A Boeing foi aprovada nos EUA em novembro de 2020 e a maioria das outras autoridades de aviação logo voltaram a deixar os aviões voarem. Na China, o processo demorou mais, pois a AACC testou o modelo apenas no segundo semestre do ano.

Boeing

Avião da Boeing – Imagem: Artturi Jalli/Unsplash

Boeing terá que fazer upgrade em aviões

A liberação na China dos aviões aconteceu após requerer o upgrade dos aviões, incluindo a instalação de software novo para tratar do defeito e atualização do manual de voo. “Depois de testes suficientes, AACC considera que as ações corretivas foram adequadas para resolver a condição insegura”, disse a autoridade.

Apesar da diretiva retirar os obstáculos para os aviões voarem novamente, ainda pode demorar para sua volta. Obter a liberação para voar é apenas a primeira providência. O AACC enfatizou que as empresas aéreas domésticas ainda terão que realizar “modificações completas nos aviões, restauração de veículos estacionados, treinamento de pilotos e muito mais”.

A Boeing comemorou a decisão. A empresa afirmou que mais de 180 países retornaram os aviões MAX ao serviço. Indonésia e Rússia, locais onde os acidentes aconteceram, ainda devem liberar os aviões. A China tem ainda desenvolvido sua própria indústria da aviação. Entre os destaques, o avião estreito C919 Comac, um rival do Airbus e da Boeing.

Via Techxplore

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