O metaverso já existe. Se engana quem imagina que ele surgiu agora, depois que o Facebook Inc. decidiu mudar o nome do conglomerado para Meta. Inclusive, em seu estado atual, o metaverso é um território que outras empresas, como a Nvidia, por exemplo, conhecem muito melhor que Mark Zuckerberg; videogames.

Diariamente, em todo o mundo, milhões de jogadores já mergulham por horas no metaverso (a maioria nem sabe que aquele mundo paralelo tem esse nome). Lá, os gamers competem, cooperam e trocam experiências com pessoas que nunca viram ou sequer conhecem.

Sem sombra de dúvidas, é um cenário extremamente promissor toda indústria gamer, de PCs, consoles e desenvolvedores de jogos – a Nvidia faz parte desse ecossistema.

Ilustração de pessoa com óculos de realidade virtual no metaverso

Metaverso seria um ambiente virtual que replicaria atividades da vida real – Imagem: Billetto Editorial/Unsplash

O boom dos games transformou a Nvidia na empresa de chips mais valiosa do mundo – ficando à frente de empresas como a Intel. Agora, a empresa se diz pronta para transformar a internet em um ambiente virtual tridimensional.

“Você pode pensar que não estará no metaverso, mas prometo que nos próximos cinco anos todos nós estaremos lá de uma forma ou de outra” – Richard Kerris, executivo da Nvidia com passagens pela Apple e Lucasfilm

Se hoje metaverso é sinônimo de jogos imersivos, a Nvidia não se contenta e se prepara para o futuro. O objetivo da empresa é encontrar novas oportunidades de mercado além das suas emblemáticas placas de vídeo.

Fornecer uma experiência imersiva e convincente no mundo virtual vai exigir grandes quantidades de dados e computadores que podem manipulá-los muito rapidamente. Isso significa mais computadores com gráficos e processadores de inteligência artificial, mercados que a Nvidia já lidera.

Metaverso múltiplo

Já o Facebook, ou melhor, a Meta, argumenta que milhões de usuários estão prontos para adotar a tecnologia de realidade virtual e viver suas vidas em ambientes online imersivos – não somente para jogar, mas também para participar de uma reunião de trabalho, “encontrar” amigos distantes ou ainda fazer um tour virtual por um espaço.

O problema é que, atualmente, poucas pessoas possuem óculos de realidade mista – que custam algumas centenas de dólares. Segundo Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligente, vai levar pelo menos três anos para que os dispositivos de realidade mista atinjam uma base instalada de 15 a 20 milhões de usuários.

“A falta de conteúdo e preços mais altos podem limitar a adoção a curto prazo”, conclui Singh.

Fonte: Bloomberg

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