É possível que assistir a vídeos em alta resolução no YouTube deixe de ser uma prática gratuita. Prova disso é que diversos usuários do Reddit e Twitter observaram que a plataforma do Google passou a exigir uma assinatura premium para a reprodução de conteúdos em 4K.

Por ora, não está claro quais países, dispositivos ou vídeos foram afetados pela mudança. Fato é que espectadores publicaram capturas de tela que mostram a inscrição paga — que tem custo de R$ 20,90 por mês aqui no Brasil — como requisito para a exibição de vídeos em resolução 2160p.

Apesar do Google ainda não ter se pronunciado sobre o tema, um dos perfis oficiais do YouTube no Twitter respondeu ao questionamento de um usuário e deu a entender que essa exigência faz parte de algum teste da companhia.

“Olá! Parece que você faz parte do nosso experimento para conhecer melhor as preferências de recursos de usuários premium e não premium”, publicou a plataforma.

Resposta YouTube

Imagem: Reprodução/Twitter

Atrair usuários pagos pode ser a nova estratégia do YouTube

Pagar para assistir um vídeo em qualidade melhor pode ser frustrante, mas a notícia não é lá muito surpreendente. Isso porque o YouTube vem tentando converter usuários gratuitos em assinantes premium há algum tempo — e a exibição de até 11 anúncios (antes do vídeo) que não podem ser ignorados é uma prova disso.

Dados da Statista apontam que o YouTube possui uma base de 2,5 bilhões de usuários ativos mensais. Contudo, o número de assinantes premium seria de apenas 50 milhões, bem abaixo do total de inscritos pagos em serviços como Netflix (220,7 milhões) ou Spotify (188 milhões).

Além disso, a receita da plataforma de vídeos ficou em US$ 6,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, um pouco abaixo dos US$ 7,51 bilhões previstos por analistas. Logo, não é inesperado que a empresa busque novas estratégias para aumentar sua base de usuários pagos com o serviço.

A dúvida que fica é se essas restrições — incluindo a enxurrada de anúncios antes e durante os vídeos — terão o efeito esperado. No melhor dos cenários, os usuários podem se convencer a fazer uma inscrição premium. No pior, a comunidade pode ficar extremamente insatisfeita e planejar uma debandada da plataforma.

Via: Engadget e TechCrunch

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