O rumor foi confirmado: de acordo com Elon Musk, novo proprietário do Twitter, a rede social de microblogs passará a cobrar mensalidade para que seus usuários garantam o selo de verificação de identidade em seus perfis. Hoje, o benefício é contemplado considerando a relevância do perfil e a autoridade que aquela pessoa tem sobre as informações que publica.

A informação foi divulgada pelo próprio Musk, que disse em seu texto que “o sistema de senhores e camponeses para quem tem ou não tem o selo de verificação é uma bobagem”, em seguida dizendo “poder para o povo, por US$ 8 [R$ 41,15] por mês”.

Em um fio subsequente, Musk também confirmou que a mensalidade para o selo de verificação terá paridade de preços ajustada pelo poder de compra de cada país, além de anunciar mais alguns benefícios como prioridade em exibição de respostas, menções e buscas; a capacidade de postar vídeos e áudios de longa duração e ver “apenas metade” do volume normal de anúncios.

Finalmente, o novo chefe da rede disse que a medida criará uma nova fonte de renda para que a empresa remunere criadores de conteúdo, além de contas de pessoas públicas, como políticos, contarão com uma tag secundária abaixo de seus nomes, embora ele não tenha detalhado mais esta parte.

A notícia não agradou uma parcela considerável de pessoas, entre elas, alguns já verificados: David Leavitt, premiado jornalista que já trabalhou em veículos como CBS, AXS e Yahoo – além de ter bom trânsito no ramo dos jogos de tabuleiro, disse veementemente que qualquer pessoa que pague pela mensalidade será bloqueada por ele:

Outra usuária – “Dana” – reclamou da medida, dizendo que ela impacta diretamente as pessoas com pouca renda a ser destinada a este tipo de serviço. Ela disse que, por ela própria, não mantém nenhum tipo de assinatura, “nem mesmo a Netflix”, por ser mãe solteira e também devido ao aumento da inflação e dos custos de se ter/manter uma casa nos EUA.

Talvez, no entanto, o mais descontente tenha sido Stephen King, o autor de livros como “IT – A Coisa”, “O Iluminado” e “Carrie”, todos rendendo filmes bem conhecidos em Hollywood. O escritor disse que o Twitter é quem deveria pagá-lo e que, se a ideia fosse para frente, abandonaria a rede. A publicação rendeu uma resposta de Elon Musk, que disse que “as contas devem ser pagas de alguma forma”.

Fãs de King defenderam as palavras do autor, argumentando que pessoas como ele e outros influenciadores trazem um alto tráfego para o Twitter, e a audiência puxada por essas pessoas, automaticamente, se converte em mais publicidade sendo servida para o faturamento da rede social. Vale lembrar que o mesmo modelo é seguido por outras plataformas, como o Facebook e o Instagram, ambos da Meta.

Pagar por um selo de verificação vai acabar com os bots, diz Musk

O argumento do novo presidente executivo do Twitter é o de que, por meio da assinatura do selo de verificação, as contas automatizadas – os famosos “bots” – essencialmente vão acabar. Isso porque, evidentemente, uma conta dessa natureza não tem um humano por trás de sua operação e tudo é feito via software.

A premissa tem validade. No entanto, ela também levanta outros pontos: embora Elon Musk não tenha esclarecido ainda a parte técnica da nova medida, as pessoas já começaram a questioná-lo sobre o que impediria um usuário pagante de, por exemplo, quitar a mensalidade para obter o selo de verificação e alterar seu perfil para que ele se chame “Elon Musk” e seja uma espécie de “conta verificada fake”.

Questionado por um usuário com essa mesma pergunta, Musk disse que isso já acontece com frequência, mas não ofereceu nenhuma evidência da afirmação: hoje, o Twitter exige comprovação de identidade para que uma conta obtenha o benefício – algo que um bot não tem como fazer, convenhamos. Mais além, Musk ainda deixou o usuário sem uma resposta para o questionamento.

De acordo com as informações divulgadas, a medida deve começar a valer logo no começo deste mês de novembro – alguns apontam para o dia 7, mas isso não foi confirmado pelo Twitter até agora. Também é provável, conforme rumores apontados nesta semana, que a medida seja obrigatória, e quem já tiver o selo de verificação terá até 90 dias para começar a pagar – ou perderá o benefício.

Segundo uma pesquisa recente feita pela ferramenta de enquetes do próprio Twitter (que, vale lembrar, não tem valor estatístico ou método científico por trás), cerca de 81% dos respondentes afirmaram que nunca pagariam pelo selo de verificação, enquanto outros 10% disseram que não passariam de US$ 5 (R$ 25,72) mensais.

E você? Pretende fazer uso do serviço? Conte para nós nos comentários abaixo!

via Elon Musk (Twitter)

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