[Review] Horizon Chase 2 diverte bastante, mesmo com alguns tropeços

Quase um ano após o seu lançamento no Apple Arcade, o Horizon Chase 2 chega aos PCs e ao Nintendo Switch. A premissa do jogo continua a mesma, simplicidade e alta velocidade nos remetendo aos tempos mais nostálgicos de títulos de corrida.

O TecMasters recebeu uma cópia de Horizon Chase 2 para PC e, após correr muitos nas pistas, conta o que achou neste review. Confira!

Uma apresentação de respeito

Assim como no título original, o Horizon Chase 2 não traz gráficos realistas e esse é um de seus grandes charmes. O jogo, assim, continua com um visual meio cartunesco, mas está tudo mais belo e chamativo aos olhos.

Para começar, todos os cenários são baseados em países e algumas cidades conhecidas. No caso do Brasil, por exemplo, é possível notar o cuidado que foi dado para que alguns lugares fossem facilmente reconhecidos, como o Masp, localizado em São Paulo.

Imagem: reprodução/TecMasters

Além deste cuidado extra com relação aos cenários, a parte de iluminação merece elogios. Enquanto o Horizon Chase 2 não conta com Ray Tracing mesmo no PC, a escolha dada para a iluminação das corridas, mesmo nas realizadas a noite, fazem com que as pistas realmente sejam únicas e charmosas.

É claro que não dá tempo de parar para observar cada ponto do cenário, afinal, as corridas em Horizon Chase 2 sempre estão repletas de alta velocidade, mas vamos deixar os detalhes da jogabilidade mais para frente nesta análise.

Imagem: reprodução/TecMasters

Na parte do áudio, o jogo não decepciona e preza mais por músicas bem animadas que não deixam a adrenalina baixar. Alguns mais nostálgicos, assim como este que vos escreve, poderá até reconhecer certas similaridades, como uma música que lembra bastante o que escutamos no Sonic do Mega Drive.

Horizon Chase 2 te faz viajar pelo mundo

O Horizon Chase 2 tem como modo principal o Volta ao Mundo, que é a sua campanha. No mesmo, os jogadores acabam passando por diversos países em que precisam estar ao menos entre os cinco primeiros colocados para prosseguir para novos eventos.

Ter que chegar entre os cinco primeiros colocados, honestamente, torna a vida bem fácil em diversos momentos. Isso sem contar no nível de dificuldade visto nos três primeiros países, que mais servem para o jogador se acostumar com a jogabilidade do que ter um desafio de verdade.

Ao chegar no quarto país do modo Volta ao Mundo, a dificuldade de Horizon Chase 2 dá um grande salto, principalmente nos eventos contra o tempo. Mesmo assim, conseguir o primeiro lugar é algo que podemos definir como justo, basta não sair muito da pista e nem bater excessivamente em seus adversários.

Nesta questão de não sair da pista, honestamente, não há muito mistério. Em Horizon Chase 2 o jogador praticamente não precisa pisar no freio, mas deve pelo menos tirar o pé do acelerador para fazer as curvas.

Imagem: reprodução/TecMasters

A jogabilidade é bem divertida e a curva de aprendizado não é tão alta. A Inteligência Artificial dos corredores é que pode desapontar um pouco, ao menos neste modo, uma vez que sempre você começará atrás e chegará perto da liderança nas últimas voltas.

Além do modo Volta ao Mundo, o Horizon Chase 2 conta com dois outros modos. O de Torneios, em que os jogadores podem selecionar níveis de dificuldade diferentes em copas e o Playground, que seria o online.

O modo torneio não traz nada de inovador, mas ajuda a aumentar ainda mais o fator replay do jogo. O modo Playground, por sua vez, me decepcionou, uma vez que não pareceu ser online de verdade, mas já explico.

Ao selecionar o modo Playground e escolher as corridas com pessoas aleatórias, o jogo faz uma busca de apenas 20 segundos para começar a partida em uma pista também aleatória. E, para minha surpresa, ao menos em 4 corridas que tentei, em todas tive a sensação de estar correndo contra a mesma IA vista no modo Volta ao Mundo.

Infelizmente, eu não pude testar os outros modos multiplayer devido a não conhecer pessoas que também estivessem com o título. Além do modo mais competitivo, vale notar que o Horizon Chase 2 também traz um modo cooperativo em que mais de um jogador pode progredir junto em sua campanha.

Sistema de upgrades controverso

Além de desbloquear as pistas, é claro, o Horizon Chase 2 manteve um sistema de para que o jogador realize upgrades no carro. Aqui, honestamente, eu gostaria que as coisas fossem um pouco diferentes, apesar de entender certas escolhas.

Durante as corridas, o jogador acumula dinheiro, mas o mesmo não pode ser usado para instalar as melhorias. As melhorias, na verdade, funcionam como um sistema de pontos, também obtidos nas corridas, que só podem ser gastos nos carros em que usou na corrida.

Imagem: reprodução/TecMasters

Isso, é claro, aumenta um pouco o fator replay para aqueles que desejam deixar todos os carros com os atributos no máximo. Entretanto, ter um sistema de progressão em que dinheiro pudesse ser utilizado deixaria as coisas mais interessantes.

Por sua vez, o dinheiro só pode ser utilizado mesmo para desbloquear partes cosméticas, que mudam a pintura e a carroceria. Os carros extra do jogo, se podemos chamá-los assim, são desbloqueados ao correr nas pistas, sendo que apenas alguns precisam de algo especial a ser realizado, como tirar ouro em todas as corridas.

Conclusão

O Horizon Chase 2 é um jogo de corrida divertido em que o jogador não precisa se preocupar tanto em aprendê-lo para começar a ganhar. Os elementos que tornaram o primeiro título um clássico foram mantidos, sendo estes seus gráficos, jogabilidade e trilha sonora.

O modo Volta ao Mundo cumpre bem o seu papel com uma campanha bem sólida. Entretanto, eu admito que esperava alguma novidade a mais, sem contar que os outros modos são apenas complementares. O sistema de upgrade, apesar dos erros, também funciona.

Mesmo com alguns tropeços, bem pequenos, o Horizon Chase 2 continua com sua identidade própria e deve divertir tanto jogadores novos quanto mais nostálgicos.