O Pacific Drive é um jogo de sobrevivência que se destacou ao ser anunciado por conta de trazer uma proposta um tanto diferente. Isso porque o jogador está no controle de um carro e, bem, é o veículo que precisa sobreviver mais que o humano no seu controle.

O TecMasters teve a chance de testar a versão de demonstração de Pacific Drive, que traz as primeiras missões do jogo, e conta o que achou nesta prévia. Confira!

Pacific Drive tem foco na narrativa

Indo um pouco na contramão de alguns jogos de sobrevivência, o Pacific Drive dá um foco maior em sua história, o que traz aquela sensação de progresso e que me ajudou a querer saber o que estava acontecendo.

O jogo começa com o jogador pegando uma estrada, mas alguns acontecimentos sobrenaturais acontecem e o levam a uma outra dimensão. Essa outra dimensão, conhecida como Zona de Exclusão Olímpica, é bem parecida com o mundo real, mas tem um ar mais pós-apocalíptico e sobrenatural.

Logo ao entrar nela, nos deparamos com um carro, que será o principal aliado nosso para tentar voltar à normalidade. E é bem aí que a história começa a ficar interessante. Durante as viagens, algumas conversas até rolam, mas não chegamos a encontrar, de fato, qualquer personagem.

Pacific Drive - carro sado nas viagens

Imagem: reprodução/TecMasters

Eles apenas explicam algumas coisas de como o mundo funciona, mas de uma forma que não soa como aqueles tutoriais mais tediosos. Além disso, o próprio diálogo entre estes personagens secundários é bem interessante, mas vale notar que nosso personagem não fala.

Infelizmente, é apenas isso o que vemos durante as primeiras horas referente a história de Pacific Drive. De forma geral, tudo o que acontece e os diálogos são bem interessantes e confesso ter ficado curioso em poder ir um pouco além para entender o que estava rolando.

Nem tudo é fácil e é preciso paciência

Passando essa introdução, o objetivo em Pacific Drive basicamente consiste em realizar upgrades em seu carro para sobreviver e poder seguir na estrada até o fim. O nosso personagem até tem a sua barra de vida, mas se o seu carro não aguentar o tranco das anomalias vistos no cenário, de nada adiantará ele estar com vida.

Logo no começo do jogo, nós somos apresentados a uma garagem, o local em que upgrades no carro são realizado e em que os detalhes das viagens serão definidos.

Pacific Drive - oficina

Imagem: reprodução/TecMasters

O Pacific Drive, vale frisar, não é um jogo de mundo aberto como outros de sobrevivência, mas isso faz parte da sua proposta de jornadas e da morte não ser game over. Para explicar melhor como essas viagens funcionam, basicamente, nós temos um mapa e temos que definir uma rota, às vezes sendo necessário passar por um local para chegar até outra cidade.

A experiência de dirigir até um outro local pode parecer monótona, mas não é. Além de ter que sair do carro para obter itens, que não dizem respeito necessariamente ao carro, e cumprir alguns objetivos, o final da jornada entrega alguns momentos de tensão em que o jogador precisa conseguir entrar em um portal para voltar até a garagem com aquilo que obteve.

Pacific Drive - uma das viagens

Imagem: reprodução/TecMasters

O grande problema que encontrei no jogo, entretanto, fica como alguns objetivos não são bem “esclarecidos”. O jogo até diz o que você deve fazer, mas as explicações vagas mais induzem ao erro que ajudam. Esse erro nos faz perder bastante tempo, mas não de uma forma prazerosa.

E, como um bom jogo de sobrevivência, o Pacific Drive não perdoa tanto esses erros. Por exemplo, ao ter falhado em uma jornada e ter ficado com o carro danificado, tive que fazer uma viagem apenas para o loot e seu reparo.

É claro que entendo que todo jogo de sobrevivência envolve bastante loot e não reclamo disso. Entretanto, o ritmo apresentado pelo Pacific Drive e mais alguns problemas que comento a seguir atrapalharam um pouco a minha experiência.

Interface confusa com jogabilidade interessante

O Pacific Drive, ao menos no começo de sua campanha, traz um espaço bem pequeno para o seu inventário. Dessa forma, durante boa parte de minha experiência, tive que jogar alguns itens fora dos quais não queria me desfazer.

Pacific Drive - inventário

Imagem: reprodução/TecMasters

Além dessa questão, vale notar que alguns itens criados por nós e essenciais para o progresso estragam de forma muito rápida. Ou seja, fez um loot, criou o item e logo já tem que repetir o processo para continuar nesse loop.

O jogo até traz uma opção para fazer um upgrade no inventário que pode ser instalado no carro, mas não consegui chegar a esse ponto da aventura na versão de demonstração.

Outro ponto agravante é que tanto a interface quanto os menus do jogo tentam trazer um monte de informação e acabam mais confundindo do que ajudando. Às vezes, por exemplo, é até difícil entender quais itens são provenientes de loot e quais devem ser craftados. O tutorial de Pacific Drive até tenta explicar os conceitos básicos do jogo, mas falha nesta questão.

Pacific Drive - menu de craft

Imagem: reprodução/TecMasters

Por outro lado, o Pacific Drive traz uma jogabilidade bem interessante. A parte da dirigibilidade acaba sendo bem arcade, mas você consegue sentir no volante a tensão que as anomalias estão causando. Não apenas isso, o dano do carro também pode ser sentido em sua jogabilidade.

Mais uma coisa bacana a ser citada foi a atenção dada a alguns detalhes. Enquanto a interação com os itens de loot pode ser bem básica, nós precisamos realizar ações simples para dirigir, como ligar o carro e colocar a marcha certa.

Conclusão

O Pacific Drive, ao menos em suas primeiras horas, acerta ao sair um pouco da mesmice quando o assunto é o gênero sobrevivência. Além disso, por conta de ter um foco em sua narrativa, eu me senti preso para ver até onde a história iria me levar.

Mesmo assim, eu admito que achei a interface do jogo bem confusa e que, em muitos momentos, a forma com a qual os objetivos são explicados induzem ao erro. Esse erro, por sua vez, é bem penalizado e faz com que um ciclo de repetição seja iniciado.

De toda forma, o Pacific Drive deve agradar aos fãs do gênero, mas requer um pouco de paciência. Já para saber se a história realmente será boa, enfim, temos que esperar a sua versão completa que está prevista para ser lançada em fevereiro.

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