Nos últimos tempos, testemunhamos uma explosão no uso de aplicativos de mensagens que transformaram nossa forma de nos comunicar. Desde conversas descontraídas até interações profissionais, essas plataformas se tornaram o epicentro das nossas vidas digitais, conectando pessoas de forma instantânea e prática.

De acordo com uma pesquisa recente realizada em fevereiro de 2023, o WhatsApp é a escolha predominante dos brasileiros quando se trata de aplicativos de mensagens, com presença em 99% dos smartphones em todo o país. Além disso, 93% dos usuários relatam abrir o aplicativo diariamente ou quase todos os dias, fator que destaca ainda mais a sua posição como um dos aplicativos mais utilizados no Brasil.

aplicativos de mensagens

Imagem: Mobile Time/Opinion Box

Neste contexto, a privacidade nos apps desta categoria se tornou uma questão cada vez mais crucial. Enquanto essas plataformas oferecem uma maneira conveniente de nos comunicarmos, também geram preocupações substanciais sobre o controle de nossos dados pessoais e conversas. Com sua ampla base de usuários e a confiança geralmente depositada na plataforma, os cibercriminosos encontraram nos apps de mensagem um terreno fértil para suas ações.

Entre os diversos tipos de golpes frequentemente encontrados no WhatsApp, os mais comuns são:

  • Phishing: os cibercriminosos se fazem passar por entidades confiáveis, como bancos ou empresas, e solicitam informações pessoais ou financeiras. Eles enviam links fraudulentos que direcionam as vítimas para sites falsos.
  • Promoção Falsa: são oferecidos prêmios ou promoções e solicitam que as vítimas cliquem em links maliciosos, compartilhem informações pessoais ou enviem dinheiro para “resgatar” o prêmio.
  • Clonagem de Conta: os golpistas se passam por amigos ou contatos de confiança e solicitam códigos de verificação do WhatsApp para clonar a conta da vítima. Eles usam então a conta clonada para solicitar dinheiro ou informações sensíveis.

Com a crescente conscientização sobre as ameaças à privacidade online, muitos usuários estão mais atentos do que nunca. A adoção de recursos como criptografia de ponta a ponta e opções de autenticação de dois fatores se tornaram padrão em muitos aplicativos, permitindo que os usuários protejam suas mensagens.

Como aumentar a privacidade e se proteger contra ameaças em aplicativos de mensagens

Imagem: Ascannio/Shutterstock.com

Uma das melhores maneiras de proteger suas mensagens é usar aplicativos que ofereçam criptografia de ponta a ponta. Isso significa que suas mensagens são codificadas antes de deixar o seu dispositivo e só podem ser decifradas pelo destinatário. Plataformas como o WhatsApp e o Signal são conhecidas por oferecer essa camada de segurança. É importante, ainda, habilitar a criptografia em suas configurações para garantir que suas mensagens estejam protegidas.

Medidas para evitar golpes e ataques à privacidade ao usar aplicativos de mensagens

  • Verifique os remetentes: sempre confirme a identidade do remetente antes de responder a mensagens suspeitas ou compartilhar informações pessoais.
  • Evite clicar em links suspeitos: nunca clique em links de fontes não confiáveis. Verifique o URL antes de acessar qualquer site.
  • Habilite a autenticação de dois fatores (2FA): habilite a 2FA para adicionar uma camada extra de segurança à conta, exigindo um código de verificação sempre que a conta é configurada em um novo dispositivo.
  • Seja cauteloso com ofertas e prêmios: desconfie de ofertas muito boas para serem verdadeiras. Se algo parecer suspeito, verifique sua autenticidade antes de agir.
  • Mantenha atualizações em dia: manter o aplicativo atualizado é crucial, pois as atualizações frequentemente incluem correções de segurança. Ignorar atualizações pode deixar seu aplicativo mais vulnerável a ameaças.
  • Denuncie atividades suspeitas: se suspeitar de um golpe ou fraude, denuncie imediatamente às autoridades e aos aplicativos.
  • Realize backup de conversas: certifique-se de que os backups de conversas estejam configurados de forma segura, preferencialmente com criptografia de ponta a ponta, para evitar o acesso não autorizado às mensagens armazenadas em nuvem.
  • Gerenciamento de permissões do aplicativos: muitas vezes, os aplicativos pedem acesso a informações pessoais que não são estritamente necessárias para sua funcionalidade. Limite o acesso apenas ao que é essencial, como câmera ou microfone, para reduzir a exposição de dados pessoais.
  • Ajuste as configurações de privacidade: a maioria dos aplicativos de mensagens oferecem opções de privacidade que permitem controlar quem pode ver suas informações de perfil, como foto e status. Verifique as configurações e ajuste-as de acordo com suas preferências de privacidade.
  • Evite mensagens em grupos desconhecidos: evite entrar em grupos de mensagens desconhecidos, especialmente aqueles que exigem compartilhar informações pessoais para ingressar. Esses grupos podem ser um terreno fértil para spammers e cibercriminosos em busca de informações pessoais.
  • Esteja ciente de golpes e phishing: esteja alerta para golpes e mensagens de phishing que podem tentar enganá-lo para compartilhar informações pessoais ou financeiras. Desconfie de mensagens suspeitas e evite clicar em links ou compartilhar dados pessoais com desconhecidos.
Como aumentar a privacidade e se proteger contra ameaças em aplicativos de mensagens

Imagem: Freepik

O equilíbrio entre conveniência e privacidade continua sendo um desafio, especialmente em um cenário no qual a coleta de dados e a monetização das informações do usuário ainda estão em foco. Portanto, a busca por aplicativos de mensagens que respeitem à privacidade dos usuários é uma prioridade no quesito segurança.

Com o conhecimento adequado e ajustes apropriados, é possível protegê-la, manter conversas e contas seguras nos aplicativos de mensagens, aproveitando assim o melhor das plataformas.

 

Vishing: saiba como identificar o golpe e formas de se protegerDaniel Barbosa atua como especialista em segurança da informação na Eset desde 2018. É formado em Ciência da Computação pela Universidade de Santo Amaro (Brasil) e pós-graduado em Cyber Security pela Daryus Management Business School (Brasil).

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