As cidades que desejam ter as pessoas como o foco do desenvolvimento urbano precisam cada vez mais de tecnologia, em todas as partes. Isso pode soar contraditório, mas os melhores projetos de cidades inteligentes, as chamadas Smart Cities, são aqueles que planejam que os aparelhos urbanos injetem tecnologia justamente para garantir o bem-estar social, levando em conta fatores como qualidade de vida para todos, inovação, sustentabilidade, inclusão e avanço econômico.

As demandas da população se transformam em velocidade sem precedentes. Cidadãos comuns tem acesso cotidiano a tecnologias avançadas e passam a esperar que os serviços públicos e as cidades caminhem na mesma direção. Serviços digitais, ambientes monitorados, gestão remota e imediata dos aparelhos públicos, conectividade para todos e dados de diversos aspectos das cidades, entre outros, são o que se espera de municípios eficientes.

Essa transformação digital não é uma solução única para todas as cidades, mas um conjunto de diferentes serviços tecnológicos adequadas para cada comunidade.

cidades inteligentes

Imagem: Tumisu/Pixabay

Tecnologias-chave para cidades inteligentes: conectividade sem fio e Internet das Coisas (IoT)

A qualidade de conexão – assim como a sua disponibilidade – é um fator crucial para o desenvolvimento das cidades, possibilitando que os municípios tenham aparelhos urbanos digitalizados (como luminárias, câmeras, totens de autoatendimento, etc.), além de auxiliar para que os cidadãos possam acessar os serviços digitais. E a eficiência dessa tecnologia está na conectividade sem fio. O 5G FWA, por exemplo, dispensa a necessidade de instalações complexas e cabeadas, com modens práticos e avançados. É uma solução ideal para escolas, centros culturais ou unidades de saúde. A evolução do Wi-Fi, como o Wi-Fi 6E e o Wi-Fi 7, que estão em regulamentação no país, também devem ser adições importantes para o setor de conectividade.

Entre as iniciativas mais interessantes dessa área, nos últimos anos, está a disponibilidade de conectividade 5G por meio de luminárias inteligentes da empresa Juganu, com tecnologia Qualcomm. Além de fornecer a gestão de iluminação e câmeras de monitoramento, elas ainda oferecem 5G e Wi-Fi para os usuários do entorno. Essas luminárias já estão sendo adotadas ou testadas em cidades como Pato Branco (PR), Campina Grande (PB) e Rio de Janeiro (RJ).

Ilustração de tecnologia 5G, que será importante para o streaming de jogos

Imagem: Z z/Pexels

Este projeto é também um exemplo do uso de Internet das Coisas (IoT). Ou seja, de conectar/digitalizar os objetos. O uso de IoT nas cidades inteligentes pode ser exemplificado em luminárias inteligentes, conexão do sistema de monitoramento e de transportes para uma mobilidade urbana mais eficiente, coleta de dados diversos (como nível de rios, temperatura, localização de frota e outros itens importantes) e telegestão desses serviços, resultando em mais segurança e eficiência.

Dessa forma, é imprescindível que os gestores municipais invistam na adoção dessas tecnologias, mas também que os governos (federal e estaduais) incentivem o desenvolvimento da indústria que cria e produz essas soluções, além de oferecer programas que eduquem as cidades sobre o tema e facilitem o acesso a essas tecnologias.

À população, cabe também exigir que a transformação digital chegue aos municípios, se envolvendo com o tema, e assumindo seu papel de protagonista das cidades inteligentes.

 


Silmar QualcommSilmar Palmeira é diretor sênior de produtos para Qualcomm Latam

 

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