De forma curta e grossa: a pirataria de obras de TV está aumentando. Segundo a empresa britânica de rastreamento à pirataria Muso, o número de visitas a sites de pirataria de televisão aumentou 30% durante os três primeiros trimestres deste ano, especialmente com lançamentos de blockbusters como “Round 6“.

“A Muso mediu mais de 64,9 bilhões de visitas a sites específicos de pirataria de TV entre janeiro e setembro de 2021, o que equivale a um aumento de 30% ano a ano em comparação com o mesmo período em 2020”, observou a empresa.

Esse aumento é ainda mais impressionante — e ameaçador — tendo em vista que o acesso ilegal a conteúdos já havia atingido patamares inéditos no ano passado, com o boom da pandemia. Embora o impulso inicial tenha sido temporário, a prática se manteve em alta neste ano.

Por falar em 2021, a grande maioria dos acessos piratas a programas de TV ocorre por meio de sites de streaming. Essa porcentagem chegou a 95% nos últimos anos, o que evidencia uma preferência quase unânime aos portais do que aos dispositivos IPTV — outra alternativa para o método.

Ranking de pirataria por país

Segundo o levantamento, os Estados Unidos figuram em primeiro lugar no ranking de pirataria de TV, com quase sete bilhões e meio de acessos. O dado não é encarado como grande novidade, tendo em vista o tamanho da população local e o fato de o país receber títulos do mundo todo sem maiores problemas.

Dados sobre a pirataria de TV no mundo

Divulgação: Muso

Rússia e China correspondem a segunda e terceira colocação, respectivamente, com menos da metade de acessos acumulados pelos EUA. Brasil, Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Turquia, França e México completam o top 10 da lista.

E os motivos do aumento?

Os números da Muso não especificam o real motivo pelo aumento da busca por pirataria — embora a “fadiga por assinaturas” em um cenário de diversos players de streaming deva ser considerada. Ainda assim, a companhia britânica aponta alguns eventos que contribuíram para o crescimento.

Encarada como uma das maiores séries do ano, “Round 6” é apontada como uma das causas. A obra coreana rapidamente tornou-se um sucesso no mundo todo, mas sua indisponibilidade em algumas regiões como a China pode ter provocado um boom de acessos piratas para contornar os impasses com a distribuição.

No entanto, ela não está sozinha no barco. Séries como “Loki” e “Wandavision” da Disney+, assim como os produtos exclusivos “Ted Lasso”, “See” e “The Morning Show” da Apple TV+ também deram uma mãozinha para a alta dos acessos ilegais.

Há quem diga que esses números podem ser usados oportunamente para detectar sucessos em potencial antes que estourem. Mas a verdade é que as detentoras de direitos autorais seguirão na velha batalha para combater a pirataria e evitar novas perdas de receitas com a disponibilidade ilegal de seus produtos.

Fonte: TorrentFreak

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