Recentemente, a Sony revelou a compra da Bungie por US$ 3,6 bilhões. Com isso, “Destiny” passa a ser de propriedade da empresa – apesar de revelar que ele não se tornará exclusivo.

O game conta com um sistema bastante interessante, batizado de jogos de serviço, que é um modelo de negócios que permite a monetização do game a longo prazo. Isso é feito a partir de atualizações frequentes, assinaturas ou outras formas de compra dentro do jogo.

Partindo desse princípio, a Sony divulgou que, até 2026, planeja lançar mais de 10 novos jogos nesse esquema. Essa estratégia representa um plano da empresa para expansão além dos exclusivos já existentes de PlayStation.

Mas, afinal, o que são esses jogos de serviço?

De forma geral, é exatamente o que foi explicado mais acima. No entanto, ainda há algumas coisas a serem discutidas – principalmente em relação à diferença com os jogos tradicionais.

Normalmente, quando um game é disponibilizado, ele se torna um lançamento único – que pode até contar com alguns conteúdos extras lançados posteriormente, mas que não tem grandes mudanças de gameplay.

Agora, no caso de jogos de serviço, o título recebe cada vez mais expansões que moldam a jogatina. Geralmente, os games nessa modalidade recebem novidades semanalmente. São novos eventos, missões, áreas, níveis, modos e skins.

World of Warcraft

Imagem: Divulgação

O principal modelo de monetização desses games são as microtransações. Isso quer dizer que, ao contrário dos jogos normais – em que, ao terminar o modo história, por exemplo, não se tem muito o que fazer -, os jogadores são incitados a gastar dinheiro para dar mais vida útil ao título.

Em alguns casos, inclusive, para jogar o game, é necessário pagar uma assinatura para se ter acesso ao conteúdo.

Exemplos de games de serviço e faturamento das empresas

Talvez um dos exemplos mais antigos nessa modalidade é “World of Warcraft”, lançado em 2004, que cobra uma mensalidade para que os jogadores joguem. Em um levantamento feito em 2015, o game tinha 5,5 milhões de assinantes ativos, o que gerou US$ 82 milhões para a Blizzard.

Outros exemplos incluem “Destiny“, “Hunt: Showdown”, “Overwatch“, “Madden” e “Candy Crush”.

Fortnite

Fortnite

Fortnite” também pode ser considerado um jogo de serviço – apesar de ser free-to-play. Isso porque o game conta com diversas microtransações – entre dancinhas, skins e acessórios -, além de contar com um passe de batalha que muda a cada três meses mais ou menos.

Prós e contras do modelo de games de serviço

Como benefício, é possível citar que os estúdios não precisam necessariamente terminar um jogo antes de lançá-lo. Com isso, é possível obter feedback da comunidade e desenvolver o título conforme os desejos do público.

Além disso, com tantas opções de jogos no mercado, os jogadores tendem a sempre procurar novos games para jogar. Com um título de serviço, é possível manter o interesse por conta dos novos conteúdos lançados regularmente.

Overwatch

Foto: Blizzard

Por outro lado, os desenvolvedores têm de se preocupar com essas atualizações constantes – e com o que será oferecido nesses conteúdos. A questão de localização também é um problema, já que a empresa deve se preocupar em traduzir o conteúdo constantemente para os diversos idiomas disponíveis nesses jogos.

O ciclo de produção e controle de qualidade também é mais curto. Os bugs acontecem e isso é normal. No entanto, a empresa deve ter em mente que esses problemas devem ser resolvidos rapidamente.

De qualquer forma, os jogos de serviço parecem uma tendência para o futuro. Eles já existem há mais de uma década e, com a chegada de novas tecnologias nos videogames, parece ainda mais certo de que essa modalidade vai se manter.

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