A pandemia deixou muitos japoneses com problemas financeiros, e um setor, em especial, sofre no Japão: os últimos fliperamas. O país asiático se fechou para o turismo e não há sinais de subsídio por parte do governo para apoiar esse tipo de mercado.

Mikaido, um dos fliperamas mais conhecidos, é um exemplo. Localizado na movimentada capital nipônica, o gerente do negócio Yasushi Fukamachi viu o lucro despencar pela metade este ano. “O governo não ajuda e a situação é desesperadora”, critica.

Com o avanço da vacinação pelo mundo, a economia retorna a passos lentos, entretanto, ainda com certa dificuldade. Diversos fliperamas, sem escolha, baixam as portas e anunciam o triste fechamento. Nos últimos dois meses, o site Kaiten Haten catalogou todos eles. A lista pode ser conferida abaixo.

  • Mundo Intaa em Toda, Saitama
  • Praça de diversões Tekumopia Mukogaoka em Kawasaki, Kanagawa
  • Parque de diversões Sakura em Mie
  • Terra das diversões em Yaz em Hiratsuka, Kanagawa
  • Diversões MGM em Kitakyushu, Fukuoka
  • Filial Abino Azumino em Nagano
  • Game City em Itabashi City, Tokyo
  • Nishigawa Houston em Saitama
  • Filial da Game Fantasy Mihama em Chiba
  • Am Net em Edogawa, Tokyo
  • Terra da Fantasia Dinossauro Game em Obu, Aichi
  • Terra da Fantasia Moai Game Moai em Nagoya, Aichi
  • Terra da Fantasia Nilo Game em Tokai, Aichi
  • Game In Estação Sanshou Toyama em Toyama
  • Terra da Fantasia Atlantis Game em Tokai, Aichi
  • Terra Hapipi em Tachikawa, Tokyo
  • Terra Kid’s US em Nagoya, Aichi
  • Terra Hapipi em Minamiashigara, Kanagawa
  • Terra Hapipi Filial Sengendai em Saitama
  • Terra Hapipi em Yachiyo, Chiba

Entre 1º de outubro a 24 de novembro, 20 fliperamas encerraram as atividades no Japão. Por outro lado, quatro abriram no mesmo período, incluindo a nova Sega em Ikebukuro. A perda de 16 estabelecimentos, entretanto, é notável.

Fliperamas do Arcadia

Imagem: Arcadia/Divulgação

O fim de fliperamas divide os japoneses

Além dos fliperamas dos grandes centros, outros mais afastados – a maioria em periferia ou em shoppings centers locais – também deixaram de funcionar.

Para os nipônicos, a situação dos fliperamas divide opiniões em vários aspectos. Enquanto muitos têm jogado em casa, ainda há aqueles que sentem nostalgia dos grandes fliperamas. A proibição para fumar nos estabelecimentos é outro assunto debatido. Alguns alegam que a medida ajudou nos fechamentos, para outros, a lei proporcionou melhoria ao espaço. Até as altas contas de eletricidade são indicadas como culpadas do encerramento das atividades dos fliperamas.

Apesar do prejuízo incalculável para a cultura gamer, do país e do mundo, a vasta lista de fechamentos não deve eliminar de vez esse mercado, que por décadas, continua a atrair públicos de diferentes gerações.

Via: Kotaku

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