Na última quarta-feira (23), foi confirmado o falecimento de Stephen Wilhite, aos 74 anos, por complicações da Covid-19. Conhecido por ter criado o GIF, o cientista da computação americano veio a óbito em 14 de março, segundo informações de sua esposa Kathaleen Wilhite.

Legado de Stephen Wilhite

Para quem não conhece, GIF — ou Graphics Interchange Format — nada mais é do que um formato de imagem animado e dinâmico. O elemento foi desenvolvido na década de 80, quando Wilhite trabalhava na CompuServe. Embora o crédito tenha ficado para a empresa, Kathaleen confirma que a idealização foi de seu marido.

“Ele [Stephen] inventou o GIF sozinho — ele realmente fez isso em casa e levou para o trabalho depois de aperfeiçoá-lo. Ele descobria tudo em particular em sua cabeça e depois ia para a cidade programando no computador”, revelou.

Embora hoje o elemento seja usado para reações e, principalmente, para memes, essa não era sua principal função. Ao menos na época, a ideia era criar uma forma de distribuir “gráficos de alta qualidade e alta resolução” em um período em que as velocidades da internet eram precárias. Querendo ou não, vingou.

GIF de bebê dançarino

“Bebê dançarino” era um dos GIFs preferidos de Stephen Wilhite – Imagem: Reprodução

Mas essa não foi a única contribuição de Stephen. Mesmo sem nenhuma menção específica, diversos colegas afirmaram que o cientista da computação fez outras colaborações importantes durante seu tempo na CompuServe. Tanto que ele foi descrito como “um trabalhador que teve uma grande influência no sucesso da empresa”.

No início dos anos 2000, ele se aposentou e decidiu aproveitar o tempo para viajar, acampar e construir modelos de trens em seu porão. Nada mais justo após ter criado algo que revolucionou a interação nos meios virtuais.

É “JIF” e não “GIF”

Um fato curioso é que no The Webby Awards de 2013, evento em que foi premiado por ter criado o GIF, Wilhite esclareceu a real pronúncia de sua criação. De uma maneira divertida, ele explicou que a verdadeira pronúncia é JIF (“Dif”), e não GIF (“guif”) como foi popularizada.

Fato é que, independentemente da pronúncia certa ou errada, a criação de Wilhite ficará marcada para sempre na história. E se depender dos memes (não é, povo brasileiro?), o GIF tem tudo para manter-se vivo por mais boas décadas.

Via: The Verge

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