Após as denúncias da ex-funcionária do Facebook Frances Haugen sobre os efeitos nada benéficos das redes sociais de Zuckerberg sobre os adolescentes, investigações de reguladores e políticas norte-americanas voltaram à atenção mais uma vez para o assunto. Na semana de 6 de dezembro, Adam Mosseri, chefe da rede social, deve comparecer ao Senado para uma série de audiências sobre proteção online de crianças.

O testemunho segue-se ao de Antigone Davis, chefe global de segurança da Meta, a empresa matriz da Instagram e do Facebook, e ao da denunciante Haugen, que compareceu ao Senado no começo de outubro. Um mês antes, Davis falou ao Congresso e contestou qualquer argumento de que o Instagram era prejudicial aos adolescentes, adicionando que a pesquisa vazada não indicava dados causais. Em contrapartida a estas afirmações, Mark Zuckerberg, executivo chefe da Meta, e Mosseri, foram convidados para que um deles testemunhassem a uma comissão no Senado para esclarecer a situação.

“Ele é o cara principal da Instagram, e toda a nação está perguntando por que a Instagram e outras plataformas tecnológicas criaram tanto perigo e danos ao levar conteúdo tóxico a crianças com esses algoritmos imensamente poderosos”, disse o democrata de Connecticut Richard Blumenthal, que preside o subcomitê da Comissão. “A audiência será criticamente significativa para nos orientar a desenvolver leis que possam ter um impacto sobre a segurança das plataformas”.

 

Instagram app 2

Imagem: Graphic Google

Desde que o subcomitê iniciou as audiências sobre a pauta, centenas de pais e crianças compartilharam histórias pessoais, incluindo posts da rede social que se transformavam em recomendações de conteúdo relacionado a dietas extremas, distúrbios alimentares e até auto-flagelação. Além das empresas de Zuckerberg, executivos do Snapchat, TikTok e YouTube também testemunharam em audiências passadas, se comprometendo com transparência algorítmica.

Apesar do chefe executivo da Meta ser figura carimbada à frente dos legisladores norte-americanos, será a primeira vez que o Mosseri prestará testemunho sob juramento, porém ainda sem uma data marcada.

Em 2018, o executivo se tornou o rosto público do aplicativo de compartilhamento de fotos escolhido por Zuckerberg para liderar a rede social.

Via The New York Times

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