Julian Assange, que tem aparecido em uma pesquisa de Elon Musk no Twitter neste fim de semana e o jornalista por trás da publicação de milhares de documentos ultrassecretos expondo crimes de guerra — principalmente relacionadas às chamadas ‘guerra ao terror’ —, espionagem e uma série de casos de corrupção em governos de todo mundo, apelou à Corte Europeia de Direitos Humanos (ECHR) na sexta-feira (2) para evitar a extradição aos Estados Unidos.

A equipe jurídica de Assange apresentou o caso contra a Grã-Bretanha na Corte, o que pode potencialmente ordenar o bloqueio da extradição.

Assange apela à Corte Europeia de Direitos Humanos para evitar extradição

Imagem: John Gomez/Shutterstock.com

Embora hajam chances, Stella Assange, esposa do australiano, disse que esperava que a ECHR não fosse necessária para considerar o caso e que ele pudesse ser resolvido na Grã-Bretanha. “Seria um dia triste e uma grande decepção”, disse ela ao comentar o caso levado à Corte.

Em junho, a administração de Boris Johnson deu sinal verde para extraditar Assange, mesmo sob condições ‘deterioradas’ de saúde advertidas por mais de 250 médicos em 35 países e um mini AVC em outubro do ano passado.

Em resposta ao anúncio de Priti Patel, ex-secretária do Ministério do Interior, a equipe jurídica do jornalista lançou um recurso ao Supremo Tribunal de Londres, com a primeira audiência prevista para o início do próximo ano.

Em território norte-americano, o fundador do WikiLeaks pode responder a acusações de espionagem, levando-o à pena de 175 anos em uma prisão de segurança máxima. As 18 acusações estão relacionadas à publicação de documentos confidenciais e cabos diplomáticos que Washington afirmou que colocou vidas em risco.

Desde abril de 2019, Julian Assange, 51, está em Belmarsh, uma prisão de segurança máxima localizada em Londres.

“Assange e Snowden deveriam ser perdoados?”, pergunta Musk no Twitter

Após líderes de várias nações e os principais veículos de mídia internacionais saírem em defesa de Assange recentemente, pedindo à administração Biden para retirar as acusações ao jornalista, uma pesquisa de Elon Musk no fim de semana mostrou que mais de 80% dos usuários no Twitter são a favor do perdão não só do fundador do WikiLeaks, como também do whistleblower Edward Snowden, responsável pelos vazamentos que expôs programas de espionagem em massa conduzida pelos Estados Unidos, e hoje residente em Moscou, na Rússia.

Na pesquisa, publicada na noite de sábado (3), Elon Musk, disse que não expressava uma opinião, mas “prometi conduzir esta pesquisa”. “Assange e Snowden deveriam ser perdoados?”, perguntou o atual proprietário da rede social aos seus quase 120 milhões de seguidores na plataforma. No total, 3.316.014 responderam à pesquisa, com 19,5% desse público contra o perdão de ambos.

O ex-sysadmin da CIA reagiu ao resultado: “Esse é um número muito grande”.

Via Reuters

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