A Adobe anunciou nesta quinta-feira (15) a compra da Figma, uma plataforma de design colaborativa baseada em web que ficou conhecida nos últimos anos por sua facilidade de operação, combinada com uma gama de recursos para prototipagem de interface gráfica de usuário e de desenvolvimento UI/UX.

A negociação prevê a fusão das empresas após a conclusão do acordo de US$ 20 bilhões (em dinheiro e ações).

Em nota, a companhia afirma que “Adobe e Figma compartilham a paixão por ajudar indivíduos e equipes a serem mais criativos e produtivos”. Assim, a movimentação deve complementar o portfólio de conhecidas ferramentas criativas e voltadas para a área de design e arte da Adobe, como Photoshop e Illustrator, e mesmo ferramentas digitais como Acrobat Reader.

“A grandeza da Adobe está enraizada em nossa capacidade de criar novas categorias e fornecer tecnologias de ponta por meio de inovação orgânica e aquisições inorgânicas”, afirmou Shantanu Narayen, presidente e CEO da empresa. Para o executivo, a aquisição irá “acelerar nossa visão de criatividade colaborativa”, que há alguns anos já faz parte da estratégia da empresa, com o pacote Creative Cloud em nuvem e por assinatura.

Figma, o “Google Docs do design”

A plataforma de design nasceu no final de 2015, de uma forma como nascem as mídias sociais: ofertando o acesso apenas para convidados.

O lançamento para o público geral foi realizado quase um ano depois, em setembro de 2016 e logo a empresa ganhou tração, ficando conhecida como “o Google Docs do design”, por permitir a colaboração de equipes em um projeto visual, da mesma forma que é possível fazer com os textos na plataforma da Google.

Atualmente, ela é uma das mais conhecidas e utilizadas no mercado quando o assunto é design de interfaces. Entre abril de 2020 e maio de 2021, a empresa foi avaliada em US$ 10 bilhões — um crescimento considerável em comparação aos US$ 2 bilhões da avaliação anterior.

Atualmente, a plataforma possui uma estimativa de 4 milhões de usuários, incluindo grandes empresas de tecnologia como Dropbox, Netflix, Notion, Slack, Uber, Twitter, Volvo e Zoom.

“Dez anos atrás, Evan [Wallace, cofundador e atual CTO da empresa] e eu iniciamos uma jornada para tornar o design acessível para todos. Olhando para trás, estou orgulhoso em dizer que fizemos um grande progresso ao apresentar a Figma a designers de todas as idades, geografias e níveis de experiência”, disse Dylan Field, cofundador e atual CEO da empresa.

Adobe compra a plataforma de design web colaborativo Figma

Imagem: reprodução/Figma

Olhando futuramente, Field acredita que ainda há muito o que pode ser feito. “Quando começamos, nossa visão declarada era ‘eliminar a lacuna entre imaginação e realidade’. Acredito que podemos atingir esse objetivo substancialmente mais rápido por meio de nosso plano de unir forças com a Adobe e alavancar sua lendária equipe e décadas de experiência”, continuou, ao anunciar publicamente a negociação que, segundo ele, já acontece há alguns meses.

Existe uma oportunidade (e necessidade!) de tornar as ferramentas de design e de desenvolvimento mais colaborativas e acessíveis”, afirmou Field.

O executivo irá permanecer na empresa após a aquisição, como líder da equipe e se reportando a David Wadhwani, presidente do braço de mídia digital da Adobe. Até a conclusão da operação, as empresas permanecerão operando de forma independente.

Com a fusão, a ideia é trazer para a plataforma colaborativa a expertise da Adobe em imagem, fotografia, ilustração, vídeo, 3D e tecnologia de fontes, ampliando ainda mais o universo de design já apresentado pela plataforma atualmente.

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