A Apple foi cobrada nesta segunda-feira (2) sobre informações de restrição de acesso dos concorrentes à sua tecnologia usada em carteiras móveis em uma ação movida pelos reguladores antitruste da União Europeia. Além de uma iminente multa pesada à fabricante de iPhones, a justiça pode força-la a abrir o seu sistema de pagamentos aos rivais.

Apple é investigada por restringir acesso da concorrência à tecnologia da carteira digital

Imagem: Naipo.de/Unsplash

De acordo com a Comissão Europeia, uma folha de cobrança conhecida como uma declaração de objeções foi enviada à companhia de Cupertino, detalhando os abusos cometidos por sua posição dominante nos mercados de carteiras digitais móveis em dispositivos iOS.

“Temos indicações de que a Apple restringiu o acesso de terceiros à tecnologia-chave necessária para desenvolver soluções de carteiras móveis rivais nos dispositivos da marca”, disse a comissária antitruste da UE, Margrethe Vestager, em uma declaração. “Em nossa declaração de objeções, concluímos preliminarmente que a Apple pode ter restringido a concorrência, em benefício de sua própria solução Apple Pay”.

Em defesa, a empresa disse que continuaria a colaborar com a Comissão. “A Apple Pay é apenas uma das muitas opções disponíveis aos consumidores europeus para fazer pagamentos, e garantiu igual acesso à NFC ao mesmo tempo em que estabeleceu padrões de privacidade e segurança líderes da indústria”, disse a empresa em uma declaração.

Comissão rejeita argumento de segurança da Apple

“Nossa investigação até o momento não revelou nenhuma evidência que apontasse para um risco de segurança tão maior. Pelo contrário, as provas em nosso arquivo indicam que a conduta da Apple não pode ser justificada por preocupações de segurança”, disse Vestager em uma coletiva de imprensa.

Apple é investigada por restringir acesso da concorrência à tecnologia da carteira digital

Imagem: Francois Genon/Unsplash

Embora tenha havido rejeição da chefe antitruste, a empresa ainda pode pedir uma audiência particular em defesa do caso e também enviar uma resposta por escrito antes que a Comissão emita uma decisão, o que pode levar um ano ou mais.

No próximo ano, novas regras tecnológicas da Lei de Mercado Digitais (DMA) devem ser implementadas pela UE, o que forçará a marca a abrir seu ecossistema ou enfrentar uma multa de até 10% de seu faturamento global o que equivaleria a US$ 36,6 bilhões com base em sua receita no ano passado.

 

Via Reuters

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