Em mais uma tentativa de monetizar o X (ex-Twitter) e reverter o quadro extremamente desfavorável da empresa, o bilionário Elon Musk anunciou a fase beta do “X Hiring”, a nova plataforma de contratação de pessoas que a rede social vai viabilizar, abrindo concorrência com o LinkedIn.

Segundo um anúncio postado pelo próprio perfil da ferramenta, o X Hiring é exclusivo para empresas com selo de verificação corporativa (aquele dourado que custa ‘um barão’ por mês) e permitirá, nas palavras da rede social, “exibir as vagas mais essenciais e atingir de forma orgânica milhões de candidatos relevantes”

A publicação também é acompanhada de um link de inscrição para o programa de testes beta da ferramenta, que contém apenas um formulário de preenchimento e um termo de uso e consentimento.

Vale citar que, embora lançada no “X”, a novidade já vinha sendo trabalhada antes de Elon Musk comprar o Twitter: quando ele finalizou a aquisição da empresa, em outubro de 2022, já haviam se passado pelo menos três meses desde que Nima Owji, um pesquisador de apps e segurança, havia vazado imagens que mostravam o “Twitter Hiring” – em outras palavras, é bem provável que o Musk tenha apenas “herdado” a ideia, e a editado conforme as suas preferências após comprar a companhia.

Imagem mostra capturas de tela do X Hiring, a plataforma de empregos do X (ex-Twitter)

Imagem: X/Reprodução

X Hiring ou LinkedIn?

Obviamente, não é possível aferir agora a eficiência do X Hiring em arrumar um emprego. Neste momento, a única coisa inferida pela entrada da ferramenta é…a concorrência que ela abre contra o LinkedIn, da Microsoft – geralmente, o primeiro nome que vem à mente da maior parte dos candidatos na busca de vagas.

Segundo o Social Shepherd, cerca de 61 milhões de usuários usam o LinkedIn diariamente para procurar emprego por meio da ferramenta convenientemente chamada de Job Search. Ela oferece vários filtros que permitem um refinamento maior de procura, como geolocalização, cargo, empresas específicas ou se algum contato seu está na empresa almejada para fazer o “meio de campo”, por exemplo.

A existência de tais filtros foi questionada por usuários que responderam ao post do X Hiring:

“Ele faz a busca por geolocalização? E pode filtrar múltiplos critérios para a busca? Essa é uma função útil, [pois] vagas de emprego em uma localização específica ou completamente online seriam úteis de serem vistos.”

Outros sugeriram formas de tornar a ferramenta mais atraente:

“Eu posso sugerir que o título ‘Estamos Contratando’ vire um botão (se livrando do botão ‘Veja todas as vagas’) e que, quando o ‘Estamos Contratando’ for clicado, ele traga uma lista de todos os empregos anunciados na lateral direita da tela.”

Nenhuma das duas publicações acima (ou qualquer outra, na verdade) recebeu qualquer resposta oficial. Embora o próprio Musk seja assumidamente contra o trabalho remoto (em junho, ele confirmou que todos os funcionários em todas as suas empresas voltariam ao regime presencial), não dá para afirmar que o mesmo valha para o X.

É bem provável que tenhamos mais novidades sobre o X Hiring nas próximas semanas: a empresa não confirmou o período de duração da fase de testes, mas o fato dela ser pública (ou tão “pública” quanto permitido para quem pode pagar) já implica que a ferramenta será uma realidade.

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