O time responsável pela franquia “Assassin’s Creed” na publisher francesa Ubisoft já é bem grande – com 2 mil pessoas, estima-se que seja, na realidade, o maior de toda a empresa. E a companhia confirmou intenções de aumentar esse número, para algo em torno de 2,8 mil desenvolvedores.

A fim de cumprir esse objetivo e aumentar seu foco no que deve ser, hoje, a principal marca de jogos da empresa, a Ubisoft vai “puxar” gente de outros projetos – incluindo alguns cancelados durante o seu período financeiro mais conturbado.

Ubisoft anuncia Assassin's Creed

Imagem: Ubisoft

A informação vem do próprio relatório financeiro da Ubisoft, recentemente divulgado aos seus investidores. O aumento deve ser gradual, de acordo com o líder financeiro (CFO) da empresa, Frédérick Duguet, que esclareceu os números em conferência. Em comparativo, existem jogos “AAA” com menos gente do que a Ubisoft quer adicionar à equipe da marca, mas isso não é de todo surpreendente, considerando o quanto de “Assassin’s Creed” devemos ver nos próximos anos.

Além do desenvolvimento já avançado de Assassin’s Creed Mirage, que promete “retornar às raízes da franquia” e ser ambientado no Iraque antigo, a Ubisoft ainda deve ainda trabalhar em Assassin’s Creed Infinity (uma espécie de hub online que permitirá que você salte entre os períodos históricos de alguns jogos selecionados da franquia) e, derivativos deste, ainda teremos Assassin’s Creed Codename Red (ambientado no Japão feudal, com promessas de ninjas e samurais); Assassin’s Creed Codename Hexe (ambientado na Europa do século XVI) e Assassin’s Creed Codename Jade (um jogo mobile ambientado na China do ano 215 antes de Cristo – ou “a.C”).

Fora isso, ainda teremos a colaboração da Ubisoft com a Netflix para uma produção de Assassin’s Creed na plataforma de streaming – provavelmente uma série – e também Assassin’s Creed Invictus, que sabemos apenas ser um projeto voltado ao ambiente multiplayer.

Com um projeto tão grande e um calendário tão expandido, é pouca surpresa o fato de que a Ubisoft planeja aumentar o time por trás da marca. Segundo o CEO Yves Guillemot, o nome “Assassin’s Creed” será o foco principal da companhia:

“Os recursos virão de outros jogos, então trata-se de uma realocação de recursos que serão direcionados para Assassin’s Creed, para que [a marca] cresça bastante. É realmente o nosso foco o de colocar mais ênfase nas marcas que já temos correndo.” – Yves Guillemot, CEO da Ubisoft

O mesmo relatório, no entanto, aponta que a Ubisoft tem cerca de 700 pessoas a menos do que a conferência anterior com seus investidores. Também não é uma surpresa, embora o número seja grande: nos últimos meses, a francesa se viu cancelando projetos e demitindo muita gente, sem repor vagas abertas, e até uma ameaça de greve por parte de seus funcionários.

Com as dificuldades financeiras sendo trabalhadas neste momento, a empresa também revisou sua expectativa de investimento operacional, diminuindo a estimativa em Є 200 milhões (R$ 1,07 bilhão) em contratações, equipamentos e desenvolvimento.

Ou, nas palavras do próprio Guillemot:

“Ainda que o ano passado tenha sido desafiador para industria e para a Ubisoft, foi um momento essencial para a empresa sendo que reforçamos o nosso foco estratégico nas oportunidades maiores, iniciando um plano significativo de redução de custos e oferecendo um tempo adicional de desenvolvimento para a nossa principal via de conteúdo.”

Traduzindo: a Ubisoft cortou projetos que envolvessem novas propriedades intelectuais e marcas não tão estabelecidas, demitindo ou redirecionando equipes envolvidas, e decidiu se concentrar nos produtos que ela tem certeza de que vão vender bastante. Ou seja: Assassin’s Creed.

Nós provavelmente vamos saber mais sobre os planos da Ubisoft a curto, médio e longo prazo em algumas semanas: a francesa tem uma edição do seu evento Forward marcada para o mês de junho.

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