Mais uma vez a Twitch está repensando formas de mexer na monetização de streamers na plataforma. A movimentação pode trazer uma redução nos pagamentos feitos a grandes usuários, fazendo com que o valor de repasse pelas assinaturas passasse de 70% para 50%.

Além disso, a plataforma considera inserir requisitos diferentes para faixas de pagamentos e incentivos para exibição de mais anúncios para espectadores não inscritos.

Em troca da nova estrutura de pagamento (menos lucrativa), a Twitch pode dar a opção ao streamer de abandonar termos de exclusividade e permitir que membros do programa de parceiros façam transmissões em serviços rivais como Facebook Gaming ou YouTube.

Fontes ouvidas pela Bloomberg não confirmam que a implementação será, de fato, executada – nesse sentido, os termos renovados podem não sair do papel e serem descartados. Procurada, a Twitch não comentou sobre o caso.

A polêmica da monetização na Twitch

Da última vez que a empresa mexeu nas formas de ganhar dinheiro com a plataforma em solo nacional, resultando no chamado “Apagão da Twitch”: um protesto ocorrido em agosto de 2021, em que streamers brasileiros deixaram de realizar lives para mostrar a insatisfação com a maneira que o serviço estaria remunerando os criadores de conteúdo.

À época, a empresa teria reajustado o preço pago por inscrições (subs) regionais, passando de quase R$ 23 para cerca de R$ 8 — o que, para os inscritos que achavam o valor anterior muito alto, a alteração foi vista como bons olhos, já que ele teria de pagar menos pela assinatura.

Mas em contrapartida, para o criador de conteúdo virou uma cilada, porque os impostos cobrados sobre o repasse continuaram os mesmos e, portanto, a margem de ganhos reduziu consideravelmente.

Twitch

Por aqui, a polêmica da monetização já foi caso de boicote à plataforma – Imagem: Shutterstock/Ink Drop

Considerando esse passado, é possível que a mudança seja uma armadilha para o próprio negócio, visto que grandes nomes da Twitch podem simplesmente decidir abandonar a plataforma se acreditarem que podem conseguir um melhor negócio em serviços concorrentes.

Fora outras questões que ainda precisam ser resolvidas no longo prazo, que englobam criadores de conteúdo que trabalham com streaming em tempo integral (como longas jornadas de trabalho para monetizarem o suficiente para se manter sem um trabalho paralelo, bem como a dificuldade de tirar férias visto que as assinaturas podem despencar mesmo se o intervalo tirado foi mínimo).

Basicamente, a mudança seria feita com a intenção de trazer mais lucros para o serviço de streaming de games da Amazon no fim das contas, mas streamers maiores podem simplesmente abandonar o barco se a permanência no serviço não for financeiramente conveniente.

Via: Engadget

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