Voar é um sonho antigo da humanidade, basta ver toda a saga de Ícaro e suas asas de cera. Com o tempo – e tecnologia –, passamos a cruzar os ares em aviões, mas nem isso parece o bastante. Agora, o sonho de voar ganha novos ares com um jetpack incrível.

No controle do jetpack

O relato de como é voar no equipamento fabricado pela Gravity Industries vem de um dos repórteres do Engadget que foi convidado para uma exibição pública do produto. As exigências para uso do jetpack? Não usar roupas sintéticas (perigo de incêndio), usar calçado firme e pesar menos de 95 kg.

Pronto, esses são os principais requisitos necessários para decolar com o brinquedinho composto de uma espécie de mochila-turbina e de dois propulsores amarrados que são amarrados aos pulsos do “piloto” solo.

O motor traseiro principal é utilizado para sair do chão, enquanto os aparelhos anexados aos braços servem para dar estabilidade ao voo e definir a direção da sua movimentação no ar. Parece algo simples, mas também assustador – e o repórter confirma as duas afirmações.

Na verdade, há alguns ajustes finos que o usuário precisa aprender para não apenas saltar mais alto, mas sim voar de verdade com o jetpack.

Experiência aérea

A maior parte dos controles para o voo ficam na mão direita, com botões ou gatilhos que aumentam a propulsão dos foguetes, por exemplo. Colocar as mão para trás te impulsiona para frente – e vice-versa –, enquanto levantar um dos braços faz você girar para esse lado.

Mesmo com toda a preparação e preso por uma linha de segurança, o jornalista Mat Smith não foi muito alto. Apesar disso, a sensação foi outra. “Parecia que eu tinha saído uns 2 metros do chão? Sim. Foram, na verdade, só uns 30 cm? Sim”, brinca o repórter.

Teste de jetpack mostra como você pode voar no futuro

Reprodução: Engadget

A história muda quando Richard Browning, fundador da Gravity Industries, equipa o jetpack e mostra como se faz. Ele não só dispensa a presilha de segurança, como sair do palco reservado ao show, voa mais alto e dá um passeio para delírio do público local.

Ao final da demonstração, o engenheiro e sua empresa apresentam o protótipo de uma versão elétrica do equipamento, mostrando que a BP, uma das financiadoras do projeto, também está de olho em iniciativas de energia renovável.

Desafios pela frente

Ambas as versões do jetpack apresentam desafios que ainda precisam de ajustes para chegarem no público final – ou, como é sempre o caso, aos militares.

Sua edição movida a gasolina, por exemplo, é extremamente barulhenta, gera muito calor e o combustível precisa ser reposto constantemente, o que impede voos mais longos.

Mesmo assim, sua autonomia é maior do que a do modelo elétrico, que, segundo Browning, só mantém o membro mais leve da equipe cerca de 10 ou 15 segundos no ar antes de exaurir a bateria. Detalhe: ele pesa duas vezes mais que o seu irmão mais velho.

Com isso, o uso de jetpacks ainda parece estar reservado a eventos e momentos de diversão para os mais endinheirados. Porém, a experiência tem tudo para ser inesquecível, mesmo sendo tão curta. E aí, você voaria em um desses?

Fonte: Engadget

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