Sem contar a mira giroscópica, o formato do PC portátil da Valve, Steam Deck, muito se assemelha ao console Nintendo Switch. Isso levantou diversas suspeitas de uma possível concorrência entre ambos, mas o próprio fundador da desenvolvedora americana de games, Gabe Newell, tratou de acabar com a polêmica: o PC portátil não será um concorrente do dispositivo da Nintendo.

Isso porque o dispositivo da Valve também é um PC aberto, que possibilita instalar qualquer software ou conectar-se a qualquer hardware. Além disso, o Steam Deck é um portátil multifuncional potente, voltado para jogadores de ponta, que deve focar em rodar jogos AAA — games com alto orçamento de criação e marketing.

“Deixe-me colocar desta forma: se você é um jogador e pega um Switch e pega um destes [Steam Deck], vai saber qual é o certo para você, certo? E você vai saber em 10 segundos”, disse Newell.

CEO da Valve, Gabe Newell

Newell acredita que Steam Deck e Nintendo Switch possuem públicos diferentes. Foto: Reprodução

Ou seja, apesar de algumas similaridades, os públicos de ambos os dispositivos serão diferentes, na visão do fundador da Valve. “Se estivermos certos, esse é o trade-off — ato de escolher uma coisa em detrimento de outra — certo a fazer para o público que vamos buscar depois”, completou.

Só 30 FPS?

Na semana passada, uma declaração de Pierre-Loup Griffais, designer da Valve, causou outra polêmica: o executivo chegou a afirmar que o novo PC portátil Steam Deck teria como objetivo rodar jogos em 30 frames por segundo (FPS). Diante do descontentamento da comunidade gamer, o próprio Griffais tratou de explicar o que queria dizer com a fala.

“A ‘meta de 30 FPS’ [do Steam Deck] refere-se ao limite do que consideramos jogável em nossos testes de desempenho; jogos que testamos e mostramos atingiram e ultrapassaram consistentemente esse nível até agora. Haverá também um limitador de FPS opcional integrado para ajustar o desempenho em comparação com a vida útil da bateria”, publicou em seu Twitter.

Isso significa que não será uma regra aplicada a todos os jogos. Tudo vai depender do game e das configurações gráficas escolhidas pelo usuário. Títulos menos complexos não deverão enfrentar problemas para rodar em 60 FPS no Steam Deck. Ou seja, 30 FPS seria o “teto mínimo” de desempenho do dispositivo.

Mais revelações do Steam Deck

Além do esclarecimento, a Valve deu mais detalhes de como funcionará a jogabilidade no Steam Deck. Em entrevista à IGN, Scott Dalton, também designer da companhia, explicou como os joysticks poderão atuar junto do controle giroscópico interno.

“Temos joysticks capacitivos e uma das coisas realmente legais sobre isso é que podemos usá-los em conjunto com nosso giroscópio para ligar ou desligar a mira giroscópica e os controles de movimento em jogos”, revelou Dalton.

Ao executar um jogo, a tela do Steam Deck acompanha o movimento se o dispositivo for apontado para determinada direção — semelhante à função presente no Switch. Mas isso funcionará apenas se os dedos dos usuários estiverem sob os analógicos ou no trackpad do PC portátil.

Caso um polegar estiver longe de um desses comandos, a mira giroscópica não vai se mover-se automaticamente, o que poderia atrapalhar as gameplays em eventuais movimentos involuntários. Aliar ambos os recursos parece uma ótima opção.

Fonte: Wccftech

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