Nos últimos anos, os investimentos em cibersegurança no Brasil só aumentaram e o cenário tende a continuar assim. A pesquisa IDC Cyber Security Research Latin America 2023 mostra que 39% dos executivos de TI da América Latina garantem que irão investir em segurança ainda esse ano.

Com o aumento das ameaças cibernéticas e os prejuízos financeiros associados a elas, a proteção dos ativos digitais se tornou crucial. Nesse contexto, a segurança ofensiva se destaca como uma estratégia eficaz para proteger as empresas contra ataques e ainda economizar recursos valiosos.

O papel fundamental da segurança ofensiva na proteção de organizações

Imagem: Zephyr_p/shutterstock

O método se trata de uma abordagem proativa que envolve a simulação de ataques cibernéticos por profissionais de segurança para identificar vulnerabilidade em sistemas, redes e aplicativos de uma organização. Em vez de esperar passivamente pela ação dos criminosos, as companhias adotam a segurança ofensiva, identificando vulnerabilidades antes que invasores maliciosos as explorem.

Isso garante que a equipe responsável desenvolva de forma mais segura o sistema, com base nos resultados do teste, que também podem ser usados para conscientizar os funcionários sobre práticas seguras de TI e para melhorar as respostas a incidentes.

Não se trata de um ataque

Apesar do imaginário popular associar a palavra hacker a golpes e crimes virtuais, denotando algo ruim, essa é uma profissão que tem se tornado cada vez mais necessária.

hacker

Foto: BA/Pixabay

Com privacidade, responsabilidade, transparência, busca pelo conhecimento, colaboração e foco no bem comum, e seguindo princípios éticos e diretrizes legais rigorosas, os profissionais que atuam nessa carreira possuem expertise para modificar os aspectos de dispositivos e sistemas, na intenção de identificar fragilidades das funcionalidades que foram predefinidas. Nesse sentido, são peças indispensáveis para a realização dos testes de intrusão.

Toda a ação acontece com o consentimento da organização e é conduzida a partir de um escopo bem definido, o qual especifica quais sistemas, redes, aplicativos e ativos estão incluídos no teste ou quais estão fora dos limites e, assim, não serão atingidos. A partir dessas informações, os especialistas exploram vulnerabilidades apenas para identificá-las e não causam danos aos sistemas, muito menos interrupções indevidas nos serviços da organização.

Diante desse cenário, a incorporação de estratégias de segurança ofensiva exige uma abordagem cuidadosa e um comprometimento sólido por parte das organizações. Isso,  porque é preciso avaliar as exigências, os recursos e a estrutura da empresa. Além disso, é fundamental ter um entendimento claro das vantagens e desvantagens de cada solução.

Em um cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução, a segurança ofensiva desempenha um papel fundamental na proteção das organizações. Ao integrar esse método nas estratégias de segurança, as empresas podem economizar recursos valiosos e fortalecer sua postura de segurança.

Em um mundo onde os ataques cibernéticos são inevitáveis, a preparação e a proatividade são essenciais para manter os prejuízos sob controle e as operações seguras.

Machine Learning: o recurso tecnológico que pode integrar versatilidade ao setor de cibersegurançaBruno Telles é cofundador e COO da BugHunt, a primeira plataforma brasileira de Bug Bounty. Formado em Engenharia  de Computação, atua na área de segurança há 16 anos com foco em segurança ofensiva, defensiva, conscientização, GRC, entre outros. 

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