Os mesmos fantasmas, mas uma história (não tão) completamente diferente. Esta é a proposta que Oxenfree II: Lost Signals traz aos jogadores – sejam eles velhos conhecidos da trama, ou apenas novos viajantes do tempo que estão prestes a mergulhar no universo único, sombrio e deslumbrante da narrativa.

O TecMasters teve o prazer de testar o game durante o Summer Game Fest 2023 e, posteriormente, teve a oportunidade de receber o código de acesso ao jogo em primeira mão para testá-lo por completo. As primeiras impressões desta aventura você pode ler aqui.

A continuação da história, com mais detalhes do jogo publicado pela Netflix e desenvolvido pela Night School Studio, estúdio de games da plataforma de streaming, você pode ver a seguir.

Pôster de apresentação do game Oxenfree 2, ou Oxenfree II: Lost Signals, game da Night School Studios publicado pela Netflix

Imagem: reprodução/Netflix

Recapitulando…? Detalhes sobre o enredo

Se esta é a primeira vez que você é apresentado à Camena, a imagem acima pode parecer um pouco “embaçada”, mas é apenas uma representação fidedigna do que esperar de Oxenfree II: Lost Signals. Essa ambientação de mistério, com cenários obscuros e intrigantes ajuda a inserir o jogador na trama.

Os eventos do game se passam cinco anos depois do enredo apresentado em Oxenfree. O jogador é convidado a interagir com a história do ponto de vista de Riley, a protagonista que regressa à cidade ao aceitar um trabalho de investigar misteriosos sinais de rádio que estão causando interferências curiosas (para não dizer assutadoras) na região.

Aliás, a Netflix fez um favor aos novos jogadores que querem ter um resumo do primeiro jogo sem ter que, necessariamente, passar pelo game (embora eu acredite que você vá querer explorar o jogo original depois de viver a experiência do segundo).

A atmosfera sombria é conhecida no primeiro jogo e mantida na nova narrativa. As cavernas e cenários perto do mar também permanecem, o que nos leva ao próximo ponto sobre mecânica e gameplay.

Mecânica, jogabilidade e outros pormenores

Vamos começar pela mecânica, que mistura point-and-click com uma estrutura que pode proporcionar diferentes caminhos e finais, determinados pelas escolhas que o jogador tem a oportunidade de traçar ao longo da narrativa, ao interagir com os diferentes personagens.

Assim, ao embarcar na trama como Riley, você é corriqueiramente apresentada a opções como escolher entre, por exemplo, se abrir com o seu parceiro de trabalho Jacob, ou mentir sobre o seu passado. Ser gentil ou grosseira, e por aí vai.

A narrativa, aliás, é um caso à parte. Ah, essa história sombria dentro da qual você é convidado a descobrir Riley e suas lutas a cada nova conversa, a cada nova marcação no mapa, a cada movida no botão do rádio e nova estação sintonizada.

A história inclusive conta com um plot twist sutil. Assim, quando você entende o porquê de tudo que está acontecendo, percebe também que nem tudo o que é apresentado no início é, de fato, o que parecer ser com relação aos protagonistas e antagonistas, bem como suas respectivas bagagens emocionais – as quais você também é convidado a descobrir ao longo das conversas.

Ainda sobre a mecânica, ela permite que o jogador navegue entre passado, presente e futuro (algo que, para os jogadores de Oxenfree é uma dinâmica conhecida, mas é uma dinâmica que pode ser surpreendentemente interessante para novos players).

Fora isso, é possível deduzir que o storytelling pode levar a, ao menos, três finais diferentes – visto que este é o total de opções disponíveis nas respostas de Riley. Mas, considerando que cada uma dessas escolhas leva a uma nova escolha narrativa que, por sua vez, possui outras três opções, as combinações podem ser infinitas.

Outro ponto que vale mencionar: apesar de tantas escolhas a serem feitas por Riley, o jogo é bastante intuitivo e fechado – ou seja, as opções são focadas na história em si e não nos caminhos percorridos pelos personagens.

Se você é do tipo explorador como eu, não é incomum ser apresentado a cenários que podem te deixar em dúvida, achando que pode “perder alguma coisa” por ter optado por um ou outro caminho. Mas fique tranquilo: o mapa permite que você explore o caminho que achar mais adequado, porque você eventualmente vai esbarrar em um ponto no qual será obrigado a seguir pelo trajeto inicial, ou então terá a opção de retornar ao caminho inicialmente preterido para, então, explorar mais um pouco.

Oxenfree II: Lost Signals vale a pena?

O game traz uma trama intrigante e que, sim vale a pena ser destrinchada – seja pela beleza do jogo, seja pela mecânica diferenciada.

Eu recomendo o game tanto para quem já teve a oportunidade de encarar Camena no Oxenfree original quanto para jogadores que sequer sabem do que pode se tratar a história. Isso porque, apesar de ter muitos momentos em que o jogador é apresentado a cenas ou informações que remetem à narrativa do primeiro jogo, saber desse enredo não é pré-requisito ou sequer atrapalha a trama para quem está caindo de paraquedas nesta sequência.

No mais, eu recomendo o game particularmente àqueles jogadores que gostam de tramas com enredos misteriosos e, em especial, para os que gostam de jogos de terror que não entram no quesito susto.

Explico: Oxenfree 2 tem uma narrativa que apresenta uma pitada equilibrada de terror. Por “pitada” (e usando a minha classificação pessoal aqui), quero dizer que o jogo tem um ar sombrio e macabro, claro, mas é daquelas histórias que possuem só um “cheiro” de medo. Diferente de jogos do gênero que, mesmo sendo fofos e/ou visualmente bonitos, ainda assim são games perturbadores e não apenas sombrios — como no caso, por exemplo, de Little Nightmares ou até mesmo de Little Missfortune.

Oxenfree II: Lost Signals estreia hoje, 12 de julho, nos consoles Nintendo Switch e PlayStation 4 e 5, além de PC (via Steam) e na plataforma Netflix Games para assinantes do streaming. Para esta análise, a jornalista pôde testar o jogo na versão para PC, por meio de um código para Steam fornecido pela Netflix.

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