Quando foi lançado em 2019, o Google Stadia trouxe em seu catálogo Gylt, um exclusivo da plataforma. Na ocasião, o game chamou a atenção por trazer um mundo sombrio e ameaçador, ambientado em uma versão maligna de uma cidade.

Depois, com o encerramento do serviço, Gylt caiu no limbo. Eis que, agora, o game chegou para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X. Mas será que o jogo consegue se manter como um título de plataforma?

O TecMasters teve acesso ao game e te conta, em detalhes, se o título vale a pena.

História

Gylt

Imagem: Reprodução

O jogo começa com Sally distribuindo cartazes estampados com o rosto de sua prima Emily, que desapareceu. No entanto, em certo momento, um grupo de valentões começa a perseguir a menina, fazendo com que ela entre às pressas em um teleférico que a transporta para uma versão apocalíptica de sua cidade.

Parece que o local foi abandonado completamente pelos humanos e agora está tomado por criaturas horrendas. Após se esgueirar aqui e ali, Sally supostamente vê Emily dentro da escola e então decide ir atrás dela.

Gylt

Imagem: Reprodução

É aí que a aventura de fato começa e somos jogados em cenários perturbadores e que remetem a filmes como Coraline, por conta da bizarrice de alguns elementos e situações.

A narrativa em si, apesar de muito importante, não é bem o ponto alto do jogo, embora tenha seus momentos, principalmente com o desenrolar de alguns acontecimentos. No entanto, o grande destaque de Gylt é sua exploração, que falaremos mais adiante.

Combate

Gylt

Imagem: Reprodução

O combate de Gylt é simples, porém muito eficaz e divertido. É possível passar furtivamente pelos inimigos, já que eles não têm um campo de visão muito amplo – e isso é até encorajado no começo -, porém, com o passar do game, perambular pelos cenários se torna necessário, e então dar cabo dos inimigos é essencial.

Para isso, Sally possui uma lanterna, que consegue chamar a atenção de alguns deles e, com o upgrade certo, pode matar de uma vez quando a personagem se esgueira furtivamente para atrás de alguma ameaça.

Gylt

Imagem: Reprodução

Porém, o que torna tudo mais interessante são as batalhas contra chefes. Como Sally não possui nenhuma arma de fato – ela até pega um extintor em certo momento, mas é mais próximo do fim -, os confrontos usam de elementos do cenário e de mecânicas inventivas e divertidas.

Essa é a grande graça do jogo. A forma como ele pega mecânicas já conhecidas de outros games e consegue fazer com que sejam bem executadas em Gylt.

Gylt

Imagem: Reprodução

Porém, o que é o grande trunfo também pode ser a grande fraqueza, já que não há muita inovação nesse campo, embora seja compreensível, já que estamos falando de um game que tem, em média, 9 horas de duração.

Exploração e colecionáveis

Gylt

Imagem: Reprodução

Assim como qualquer jogo de plataforma, a exploração é parte essencial. Como citamos, é possível matar os inimigos permanentemente, o que ajuda, em partes, nesse quesito – já que, às vezes, é necessário passar várias vezes pelo mesmo lugar para usar uma chave ou para ir por outro caminho.

Isso faz com que o jogo remeta diretamente aos títulos mais antigos de plataforma – e até de terror -, em que o cenário é grande e o jogador deve explorá-lo ao máximo para conseguir coletar tudo o que está disponível.

Gylt

Imagem: Reprodução

E aqui temos cartas espalhadas por todo o cenário – isso além dos itens principais para progredir no jogo. Elas contam histórias de pessoas que estavam nesse lugar antes dele ser tomado pelas ameaças encontras por Sally.

Gylt

Imagem: Reprodução

É uma ótima forma de contar uma história e remete muito a games como Silent Hill, em que documentos vão contando acontecimentos que culminaram no estado em que o local se encontra.

Por conta disso, a exploração é bastante encorajada para que essas cartas sejam encontradas. Além disso, andar pelos cenários garante muitas baterias para a lanterna, que descarrega com o uso, e bombinhas de asma, que é a forma com a qual Sally recupera sua vida durante o game.

Conclusão

Gylt

Imagem: Reprodução

Gylt é um jogo bastante divertido, que evoca o que há de melhor nos jogos de plataforma da época do PlayStation 2. Com boa ambientação, alguns sustos e momentos de tensão, o game é uma ótima pedida para quem procura uma diversão despretensiosa e que vai direto ao ponto.

Apesar de ter menos de 10 horas de duração, o jogo se destaca pelas batalhas contra chefes e por uma história que sabe como conduzir o jogador.

Para realização desse review, o TecMasters recebeu uma chave do jogo para PlayStation 5.

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