Após muita espera, finalmente está chegando o dia em que os jogadores poderão curtir Dead Island 2. O jogo, sequência do clássico de 2009, promete trazer inúmeras formas de matar zumbis em meio a um cenário paradisíaco e com algumas mecânicas únicas.

O TecMasters já contou o que havia achado do começo do jogo com acesso a uma prévia e, agora, teve a chance de testar o Dead Island 2 completo no PlayStation 5. Então, confira o que achamos neste review!

Dead Island 2 traz história bem trabalhada com humor ácido

A história de Dead Island 2 começa com a queda de um avião com na cidade de Los Angeles, que passou a ser chamada de Hell-A por estar sendo tomada por um vírus que transformou os seus habitantes em zumbis. Antes do avião cair, nós podemos escolher entre um de seis sobreviventes para ser o protagonista.

Dead Island 2 - protagonistas

Imagem: reprodução/TecMasters

Cada um dos personagens principais do jogo possuem as suas próprias estatísticas e atributos, além de habilidades especiais, ou seja, enquanto um personagem é mais rápido, o outro é mais forte e por aí vai. Entretanto, para quem está mais preocupado com a história, vale notar que a escolha do personagem não acaba influenciando em seu enredo.

Uma vez que o personagem foi escolhido, Dead Island 2 acerta em praticamente dar apenas dicas de como usar os seus comandos, ou seja, nada de um tutorial chato e devagar. Pessoalmente, gostei desta abordagem, uma vez que logo nos primeiros minutos de jogatina já estava estraçalhando os zumbis.

Após a queda, o nosso protagonista está em uma Los Angeles repleta de mansões de artistas famosos e precisa encontrar Emma Jaunt, uma das sobreviventes, que deixa a sua casa servir de base para as pessoas. Logo em seguida, sem querer dar um spoiler, o nosso protagonista descobre ser especial e quer partir na ajuda para que a cura do vírus seja descoberta.

Dead Island 2 - começo em mansão

Imagem: reprodução/TecMasters

De forma geral, a história de Dead Island 2 é um tanto quanto previsível, mas acaba sendo bem desenvolvida e leva um pouco mais de 20 horas para ser finalizada. Para os marinheiros de primeira viagem na franquia, a boa notícia é que não é preciso ter jogado o primeiro título para entender a história desta sequência, apesar de uma leve, bem leve menção, ser feita.

Os personagens apresentados na história merecem um destaque especial. Enquanto a maioria deles se mostram mesquinhos ou loucos, lembrar do nome e de cada um deles é fácil dada a sua personalidade. Alguns exageros, admito, não gostei por ficar forçado, mas também isto não foi algo que atrapalhou o andamento da história.

Dead Island 2 - um dos personagens forçados

Imagem: reprodução/TecMasters

Mesmo tendo uma história bem interessante, vale notar que as missões principais de Dead Island 2 não chegam a representar 50% do jogo. Isso porque o título traz inúmeras missões secundárias para serem realizadas, que apesar de recompensadoras, não adicionam detalhes a história principal.

Cenários variados, mas com missões e puzzles repetitivos

Um dos grandes destaques do Dead Island 2 fica por conta de seu cenário bonito, que assim como no primeiro título é quase paradisíaco. Entretanto, ao invés de estarmos apenas em uma ilha isolada, podemos explorar toda Los Angeles, o que envolve suas praias, cidades e até mesmo o seu esgoto.

[Review] Dead Island 2 fez espera valer a pena e traz sistema de combate delicioso
[Review] Dead Island 2 fez espera valer a pena e traz sistema de combate delicioso
[Review] Dead Island 2 fez espera valer a pena e traz sistema de combate delicioso

As mansões vistas no começo são muito diferentes umas das outras, assim como os demais prédios e locais, o que faz com que tudo leve um bom tempo até poder ser explorado por completo. Mas se essa variedade pode ser vista nos cenários, o mesmo não pode ser dito para as missões e puzzles.

Dead Island 2 - cenário (4)

Imagem: reprodução/TecMasters

Durante 80% da campanha de Dead Island 2, a sua missão consiste em ir de um ponto até outro para falar com alguma pessoa que possa ser interessante para você sair de onde está ou para a busca pela cura. Já no meio do caminho, claro, você terá que matar uma série de zumbis para poder cumprir seu objetivo. Assim, faltam algumas missões com objetivos diferenciados.

Um exemplo simples que quebraria o ritmo seria uma missão para você ganhar uma arma específica sem ser via loot, uma vez que as armas mais raras são encontradas quando chefes ou zumbis mais fortes são derrotados, mas vamos falar mais desta questão do loot adiante.

Ainda em relação a estas missões principais, os puzzles encontrados nas mesmas são bem repetitivos. Basicamente, em todas as missões, para prosseguir, você precisa descobrir como abrir uma porta ou restabelecer a energia, sendo que isso sempre consiste em achar uma bateria, disjuntor ou uma chave em um zumbi que precisa ser derrotado.

Como não poderia ser diferente, algumas missões do jogo também envolvem matar diversos zumbis até que não sobre nenhum para prosseguir. Entretanto, ao invés de hordas gigantescas, podemos dizer que Dead Island 2 traz hordas moderadas, sendo que a dificuldade mesmo fica em matar alguns zumbis especiais.

Felizmente, a campanha de Dead Island 2 não é muito longa e passar por esses momentos repetitivos não chega a ser frustrante. Já algo que quebra um pouco a imersão no jogo fica por conta do seu mapa ser dividido por zonas, ou seja, temos grandes ambientes para serem explorados, mas o mapa não é verdadeiramente aberto.

Dead Island 2 traz sistema de combate delicioso e dificuldade elevada

A jogabilidade de Dead Island 2 é um pouco mais pesada quando comparada a outros FPS e, boa parte disso, se deve ao jogador usar mais armas brancas do que de fogo, uma vez que a quantidade de munição encontrada é escassa. Dito isso, nem sempre matar um zumbi, apenas um, acaba sendo algo fácil.

Um ponto em que não ser fácil é algo positivo fica no fato de ser recompensador ver os zumbis sendo desmembrados e derrotados dando algumas recompensas. Inclusive, para os fãs de filmes gore, a boa notícia é que Dead Island 2 não economiza nem um pouco quando o assunto é jogar sangue na sua tela, seja na hora de decapitar zumbis, cortar seus membros ou ver seus restos espalhados pelo cenário.

[Review] Dead Island 2 fez espera valer a pena e traz sistema de combate delicioso
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Além das armas normais, o jogador também possui um botão para defesa, que funciona como um tipo de parry, e comandos para dar voadoras ou rasteiras. Não somente isso, os jogadores também ganham algumas habilidades especiais, que são obtidas através de cartas quando cumprimos um desafio, missão ou passamos de nível.

Já um ponto que foi corrigido em relação a prévia a qual tivemos acesso é que as armas estão dando mais dano e realmente desmembram os zumbis como o esperado. Não somente isso, carregar um ataque pesado realmente faz a diferença para que um zumbi possa ser derrotado com apenas um ou dois golpes.

Esse sistema de habilidades é bem interessante, uma vez que o mesmo muda bastante a jogabilidade. Entretanto, admito ter sentido falta de um sistema de evolução de status como o que era visto no primeiro título.

Dead Island 2 - sistema de habilidades

Imagem: reprodução/TecMasters

Outro grande destaque de Dead Island 2 fica por conta dos upgrades que podemos fazer nas armas. Através de uma bancada, por exemplo, é possível fazer com que as armas ou sejam equipadas com ácido para derreter ou com fogo para queimar os zumbis. A bancada, vale notar, também serve para consertar as armas, que possuem uma durabilidade bem frágil.

Dead Island 2 - bancada

Imagem: reprodução/TecMasters

Por sua vez, para obter mais opções de upgrade, o jogador precisa procurar por esquemas que ficam espalhados nos cenários. Em algumas vezes, os mesmo até podem estar em lugares óbvios ou com o comerciante, mas vale sempre aquela boa e velha explorada em cada canto que parece não ter nada para achar algo mais raro.

Além destes upgrades mudarem muito a jogabilidade, cada arma fica com um visual único. Ainda em relação aos upgrades, já no combate, o jogador precisa sempre encontrar um equilíbrio sobre quais armas terá à disposição, uma vez que zumbis específicos podem ser imunes a alguns elementos.

Dead Island 2 - espada modificada

Imagem: reprodução/TecMasters

E, por falar em elementos, algo delicioso de Dead Island 2 fica por conta de interagir com o cenário. Por exemplo, ao invés de você ter que matar os zumbis com as armas, é possível simplesmente atraí-los para piscinas cheias de ácido ou por locais úmidos com eletricidade para eletrocutá-los.

Dead Island 2 tem dificuldade acima da média

Infelizmente, antes de eu comentar sobre a dificuldade, vale o aviso de que eu tive que jogar Dead Island 2 sozinho, sendo que o mesmo permite que sua campanha seja finalizada com até mais 3 companheiros. Isso, claro, pode ter dificultado alguns momentos chaves da campanha que pode ser mais divertida ao ser curtida com amigos.

O sistema de combate e de upgrade das armas de Dead Island 2 é bem diferenciado, mas o jogo tem um grande problema de dificuldade, que também tem muito a ver com sua economia.

Enquanto o loot de itens para reparos e upgrades é generoso, o mesmo não pode ser dito em relação ao dinheiro encontrado. E, por algum motivo, mesmo para fazer um conserto ou upgrade gastando os itens obtidos do loot nós também temos que gastar dinheiro para efetuá-los.

Dead Island 2 - sistema de upgrade para armas

Imagem: reprodução/TecMasters

O dinheiro pode ser obtido ao vasculhar itens e ao derrotar zumbis, mas acaba vindo em bem pouca quantidade. Assim, muitas vezes precisamos descartar armas que gostamos apenas para podermos ter uma outra arma disponível para combate e deixar de fazer alguns upgrades.

Quem não for um acumulador, como eu admito ser, até pode vender as armas para os comerciantes, mas você provavelmente acabará com outra de poder similar e que não vai ser tão recompensadora.

Além dessa questão da economia prejudicar, o Dead Island 2 tem alguns momentos chaves difíceis. Enquanto os primeiros chefes do jogo são extremamente fáceis de serem derrotados, alguns, principalmente o último, oferecem uma dose de dificuldade acima da média.

Não apenas isso, ao jogar sozinho, as hordas moderadas que mencionei anteriormente nem sempre são fáceis de serem dizimadas, uma vez que certos zumbis especiais atrapalham bastante enquanto é preciso bater em zumbis mais comuns.

Dead Island 2 - horda moderada de zumbis

Imagem: reprodução/TecMasters

Aqui, honestamente, acredito que jogando em grupo, estes momentos chaves devem ser bem mais fáceis de serem superados. Uma vez que quando alguém está em apuros, o companheiro pode ajudar de diferentes maneiras.

Em relação a mortes, Dead Island 2 tem uma abordagem um tanto diferente. Enquanto os kits médicos voltam após uma morte, a munição acaba sendo gasta e as armas ficam com sua durabilidade comprometida. Então, se você morrer muito em um local existe o risco de você ficar sem armas eficientes para um combate.

Conclusão

O Dead Island 2 traz uma história bem divertida e um cenário muito bem trabalhado que, honestamente, está um pouco acima da média em comparação com outros títulos. Apesar disso, o jogo não é perfeito, uma vez que suas missões e puzzles são bem repetitivos.

Enquanto o seu sistema de combate é realmente diferenciado e fará jogadores ficarem testando inúmeras combinações para as armas, a parte de economia precisa ser revista para que as pessoas não se sintam forçadas sempre entre escolher o que reparar ou em comprar apenas uma arma.

Ainda em relação aos contras, um último adendo fica por conta da falta de uma dublagem. Entretanto, a tradução do Dead Island 2 é praticamente impecável.

De todo o jeito, esses defeitos de Dead Island 2 não ofuscam o seu brilho e é possível afirmar que o jogo é bem elaborado e recomendado para quem quer uma boa experiência coop. Assim, finalmente, é possível afirmar que a espera valeu a pena e que estamos diante de um dos jogos mais divertidos do ano até então!

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