O Dead Island 2 é um jogo que está sendo aguardado há muitos anos e que promete trazer muita diversão aos jogadores que gostam de matar zumbis de inúmeras formas diferentes. O jogo é uma sequência do clássico de 2009, que inovou ao trazer um mundo aberto e com mecânicas não vistas antes em jogos do mesmo gênero.

Por sua vez, de volta para 2023, o TecMasters pôde testar uma prévia do Dead Island 2, que será lançado em abril, e conta o que achou. Confira!

Uma história simples com humor negro e bons personagens

A história de Dead Island 2 começa com a queda de um avião em Los Angeles, sendo que a cidade estava sendo evacuada após ter sido tomada por zumbis. Passado este acontecimento, é possível escolher entre seis personagens diferentes, sendo que cada um deles possui atributos diferentes, ou seja, um pode ser mais forte e lento enquanto outro pode ser mais rápido e fraco.

Dead Island 2 - Ryan

Imagem: Deep Silver

Feita a escolha de quem será o protagonista, o jogo começa em um ritmo já frenético e com algo que considero bem positivo. Ao invés de ter um tutorial tedioso e lento, Dead Island 2 dá apenas as instruções essenciais e faz com que o jogador aplique o que entendeu na prática.

A primeira missão envolve ir atrás de uma mansão de uma celebridade, que servirá como a base do jogador para comprar suprimentos e interagir com alguns outros sobreviventes. A partir deste ponto, o jogador precisa explorar outros pontos da cidade para descobrir como sair de Los Angeles, mas vou parar de falar por aqui os detalhes para não dar spoilers.

Dead Island 2 - Los Angeles

Imagem: Deep Silver

Entretanto, eu posso adiantar que a história, apesar de simples e clichê, casa bem com a proposta do jogo. Assim como os trailers apontavam, o jogo acaba tendo um toque de humor negro bem vindo. Já os personagens possuem personalidades diferentes e são bem mais marcantes do que vi no primeiro título.

Além das missões principais, a prévia de Dead Island 2 ao qual o TecMasters teve acesso também trazia algumas missões secundárias. Novamente, a Dead Silver mostra que aprendeu com o tempo e, estas missões, além de estarem mais elaboradas, também estão mais recompensadoras.

Eu pude jogar o título por aproximadamente 7 horas, o que é insuficiente para saber se o ritmo apresentado será mantido até o fim. De todo jeito, gostei da história que vi, sendo que momento mais tensos estão presentes e isso faz o balanço final ser ainda mais positivo.

Para quem não jogou o primeiro título, uma boa notícia é que, apesar de Dead Island 2 ser uma sequência, nenhum fato importante é perdido ou preciso para entender seus acontecimentos. O jogo até menciona de forma bem breve o que ocorreu no antecessor, mas não entra em detalhes e traz uma história com personagens diferentes.

Cenários variados e com bastante exploração

O primeiro Dead Island trazia um cenário que começava em um hotel em uma ilha paradisíaca e até chegava na cidade. Já Dead Island 2 continua com essa pegada paradisíaca, mas mostra que o tempo que teve para evoluir foi bem utilizado.

Ao invés de sair explorando uma ilha, em Dead Island 2 nós temos acesso a uma Los Angeles que foi tomada por zumbis e que está repleta de mansões abandonadas. Algo bem interessante aqui, é que essas mansões realmente são gigantescas e levam um bom tempo até serem exploradas.

Em cada local visitado é possível encontrar diversos itens para loot que serão utilizados no craft de outros itens. No começo, até achei que estava com muitos itens, mas bastou progredir um pouco na história pra ver que é realmente preciso grindar para não sofrer depois.

Além das mansões de Los Angeles, outros lugares como um hotel e um estúdio ajudam a variar um pouco os cenários. Todos esses locais, inclusive, possuem alguns segredos e puzzles para serem desvendados, algo que quase não tínhamos de forma convincente no primeiro jogo.

O Dead Island 2 possui um mapa aberto, mas é preciso frisar que o mesmo é dividido por zonas, como a de Bel-Air. Felizmente, essas zonas a serem exploradas são bem grandes e as telas de carregamento vistas são poucas, além de serem rápidas (ao menos usando um SSD), ou seja, a sensação de liberdade não é prejudicada.

Dead Island 2 não é um jogo fácil

Indo um pouco na contramão do que vemos em outros jogos com zumbis, Dead Island 2 não aposta em hordas para serem dizimadas. Se por um lado muita gente pode não gostar disso, na verdade, aqui o jogo tem um grande acerto.

A jogabilidade de Dead Island 2 é um pouco mais pesada e, boa parte disso, é por conta de suas armas serem corpo a corpo na maioria dos casos. Assim, isso faz com que matar um zumbi, sim, apenas um, não seja sempre tão fácil.

Além dos comandos para, logicamente, atacar, Dead Island 2 também traz um botão para defesa que pode servir de parry para deixar os zumbis atordoados. Não apenas isso, o jogo também manteve o seu sistema de vigor, ou seja, soltar diversos ataques fará com que o personagem fique lento.

Dead Island 2 - combate (2)

Imagem: Deep Silver

Honestamente, eu gosto bastante dessa mecânica vista em Dead Island 2, uma vez que não basta sair atirando em tudo o que se vê até que acabe. Não somente isso, para realmente levar pouco dano, o jogo praticamente me forçou a usar todas as habilidade que adquiri ao longo da jornada.

Mesmo sem ter grandes hordas, isso não significa que sempre haverá poucos zumbis e, ao menos para mim, algumas mortes foram inevitáveis, mas que não me desmotivaram em nenhum momento e me fizeram pensar em estratégias diferentes.

A minha crítica para o jogo em relação as mortes é que, mesmo morrendo em um determinado local, nem sempre renascemos no mesmo ponto. Isso, em algumas ocasiões, me fez ter que percorrer uma boa parte dos cenários que as vezes ressurgiram sem itens importantes, como kits médicos.

Não somente nesses momentos com um aglomerado de zumbis, alguns zumbis especiais também são bem difíceis de serem derrotados e seu ponto fraco é bem ruim de se acertar. Outro ponto que também dificulta o combate é que muitas armas não são tão resistentes e nem sempre é possível encontrar uma arma que realmente dê dano sem um upgrade.

Dead Island 2 - zumbi mais forte

Imagem: Deep Silver

Apesar dos elogios à forma de combate do Dead Island 2, eu também não posso deixar de fazer outra crítica. Mesmo usando armas mais fortes e acertando a cabeça ou os zumbis por trás, por inúmeras vezes vi meu dano aumentar bem pouco. Não somente isso, inúmeras vezes usando a espada, que espera-se que corte membros, não vi os zumbis sendo cortados ou decapitados.

Dead Island 2- combate

Imagem: Deep Silver

Sistema de evolução é interessante

O Dead Island 2, assim como seu antecessor, possui um sistema bem interessante para evoluir as armas, mas que agora tem bastante foco em elementos como fogo, água e eletricidade. Assim, uma estratégia interessante consiste em ter armas com diferentes elementos para atacar zumbis que possuem diferentes fraquezas.

Apesar dos elementos ajudarem bastante o jogador, eles também atrapalham e por um motivo bem justo. Por exemplo, em um combate com um zumbi onde tenha água, o zumbi e você levarão choque.

Dead Island 2 - combate (1)

Imagem: Deep Silver

Os upgrades das armas precisam ser feitos na bancada, que nem sempre está a uma curta distância, com o grind que realizamos nas missões e diversos cenários. Além dos upgrades, a bancada também serve para reparar as armas.

A liberação dos upgrades são realizadas através de diagramas que podem ser encontrados espalhados no mapa. Além dessa parte, vale lembrar que Dead Island 2 conta com um vendedor, que traz itens simples e até para craft, mas que não libera os upgrades ou armas prontas com os mesmos.

Além dos upgrades feitos nas armas, o Dead Island 2 conta com um sistema de cartas para que novas habilidades sejam aprendidas. Pessoalmente, eu gostei bastante desse sistema, mas admito que uma árvore de habilidades secundária, referentes a outros atributos, existisse assim como no primeiro jogo.

Dead Island 2 promete muito

O TecMasters pôde jogar apenas o começo de Dead Island 2, que rendeu aproximadamente sete horas de jogatina, mas não teve acesso ao modo multiplayer do jogo. A sua história é bem divertida e o seu sistema de combate, apesar de não estar perfeito, é interessante.

As missões alternam entre momentos mais calmos e de tensão e, pelo menos até onde joguei, o equilíbrio disso estava praticamente perfeito. Os cenários do jogo, além de lindos, recompensam bastante a exploração e evoluir armas fez com que eu me mantivesse cativado a encontrar o que precisava.

Ainda é cedo para dizer se Dead Island 2 consegue manter este mesmo ritmo até o final, mas se a primeira impressão é a que fica, então, estamos diante de um grande jogo.

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