A OpenAI revelou ontem (14) a nova versão do seu sistema de inteligência artificial (IA) generativa ChatGPT – batizada “GPT-4” – com muita pompa e diversos elogios ao seu desempenho.

Segundo a empresa, que recentemente firmou parceria com a Microsoft para integrar o ChatGPT ao buscador Bing, o GPT-4 tem a capacidade de interpretar não apenas texto, ma também imagens, além de testes de conhecimento verem o sistema ter sucesso em diversos exames universitários estadunidenses – ficando entre as 10 melhores pontuações, de acordo com a OpenAI.

“Nós criamos o GPT-4, a mais recente conquista nos esforços da OpenAI de escalar o aprendizado aprofundado. [O] GPT-4 é um modelo multimodal de larga escala (ele aceita inserções de texto e imagem, respondendo com inserções de texto próprias) que, ainda que menos capaz que a mente humana em vários cenários reais, ainda traz desempenho equiparado ao humano em diversos benchmarks profissionais e acadêmicos.” – OpenAI, via blog oficial

Uma das atribuições do novo modelo é a de escanear documentos majoritariamente gráficos – um relatório, por exemplo – e exibir reações textuais baseadas no que a IA “ler”. Segundo a OpenAI, o GPT-4 já está disponível para usuários pagantes do plano “Plus” da empresa (US$ 20 – R$ 105,94 mensais, fora as tributações internacionais).

Além disso, o GPT-4 também já foi disponibilizado a empresas parceiras para integração em seus mecanismos. Alguns dos nomes citados pela OpenAI incluem Duolingo, Stripe, e a Khan Academy. Obviamente, a Microsoft também tem um papel de peso no desenvolvimento e refinamento do novo motor inteligente, já que o Bing é um dos principais – senão “o” principal – nomes que fazem uso da tecnologia.

Aliás, a própria Microsoft admitiu à imprensa alemã – sem querer, vale citar – que o New Bing já usa o GPT-4 há alguns meses.

Vale lembrar que o funcionamento do ChatGPT – especialmente nesta nova versão – pode ser customizado pelo cliente, a fim de que ele traga respostas mais ou menos adequadas segundo a visão do seu contratante. Em outras palavras, um print de tela pode ter respostas diferentes dependendo de qual plataforma você estiver usando.

Sobre isso, a OpenAI foi enfática ao dizer que o novo modal “alucina” menos que seu predecessor, errando até 40% menos em suas respostas. Ademais, ele também tem 82% menos chance de responder de forma que fuja às suas restrições: você não pode, por exemplo, pedir que ele lhe ensine a fazer ligação direta em um carro, já que isso é considerado crime nos EUA e repassar essa informação poderia colocar usuários e a OpenAI em maus lençóis legais.

Ainda assim, alguns manifestaram preocupações com a capacidade do ChatGPT de veicular informações erradas com um grande grau de veracidade (algo que aconteceu com frequência na versão anterior): vários veículos da imprensa que testaram o mecanismo dizem que ele fala de forma muito eloquente sobre “a vida” de Jesse Garon Presley, irmão gêmeo do cantor Elvis Presley: historicamente, Jesse Garon não teve “uma vida” – ele nasceu natimorto, 35 minutos antes do chamado “Rei do Rock and Roll”.

A OpenAI, por isso, recomenda que o ChatGPT seja usado apenas em contextos inofensivos, e que em situações de alto risco, os mecanismos tradicionais de busca sejam mantidos e a pesquisa siga os preceitos mais conhecidos de verificação de informações.

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