Na última semana, nós mostramos quais seriam as novas regras da Netflix para o compartilhamento de senhas de uma conta. Em um comunicado enviado ao Guardian, a empresa de streaming afirmou que a divulgação dessas atualizações foi um “erro de comunicação”.

Não, não as regras em si: o que nós escrevemos ainda vale – o “erro” está no fato de que a Netflix comunicou os usuários cedo demais. Segundo a empresa, a atualização em sua página de suporte, que mostrava todo o funcionamento do novo sistema, é que foi ao ar antes do previsto e deveria sair apenas depois.

Netflix

Imagem: freestocks/Unsplash

O fim do compartilhamento de senhas da Netflix

Pelas novas regras, a Netflix pedirá a donos de contas que estabeleçam uma “localização primária” para o perfil, atrelada ao IP da conexão de internet deste local. Dispositivos ligados a este endereço poderão acessar a conta normalmente, mas se algum aparelho se conectar ao perfil sem ser credenciado à localização primária, a Netflix pedirá pela confirmação (via código de verificação) dele ao dono. Se o dono compartilhar esse código e autorizar o aparelho externo a usar a conta, uma tarifa de US$ 3 (R$ 15,58 na conversão direta) será cobrada como adicional.

“Por um breve período, uma postagem em nossa página de suporte contendo informações pertinentes apenas ao Chile, Costa Rica e Peru acabou indo ao ar em outros países. Nós já corrigimos isso. À medida em que implementamos o compartilhamento pago [de senhas], muitos países também terão a opção de pagar um valor extra se desejarem compartilhar a Netflix com pessoas com quem eles não vivam juntos.” – Netflix

Ao final de janeiro, durante uma reunião com acionistas, o coCEO da Netflix, Greg Peters, reconheceu que a medida não será das mais populares, e informou aos seus investidores que a companhia antecipa uma queda no volume de assinantes. Ainda assim, ele acredita que essa redução será temporada, e que conforme a nova política vai se reforçando, ela deve servir como um “empurrão” para usuários indecisos de adquirirem uma assinatura própria do serviço.

Para todos os efeitos, o novo formato que impede o compartilhamento de senhas vem sendo testado pela Netflix desde o final de 2022 – especificamente, nos países mencionados acima: Chile, Costa Rica e Peru. A empresa ainda não informou quando a prática – que será obrigatória – será implementada em escala global, nem tampouco os preços corrigidos para aqueles que excederem a vontade da marca para aparelhos conectados. Especulações, no entanto, apontam para o roll out da medida até o final do primeiro trimestre de 2023.

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