Logo menos, a Netflix vai acabar com o compartilhamento de senhas. Já falamos sobre isso aqui e, como era de se esperar, a reação de algumas pessoas foi a de ameaçar cancelamentos de assinatura. A empresa, no entanto, entende que a fuga de alguns usuários é uma resposta natural e, mais ainda, até espera por isso.

“Não é uma medida muito popular”, disse o coCEO Greg Peters durante uma entrevista com analistas de investimento a serviço de acionistas da Netflix. O executivo, no entanto, acha que o fim do compartilhamento de senhas será “o empurrão” necessário para que usuários da plataforma adquiram contas próprias a preços reduzidos.

Logo da Netflix

Imagem: @thibaultpenin/Unsplash

O inevitável fim do compartilhamento de senhas da Netflix

Contextualizando: até março de 2023 (tentativamente uma data ainda não foi confirmada), a Netflix deve cobrar uma taxa extra para contas que quiserem compartilhar senhas. Esta premissa já vem sendo testada há alguns meses no Chile, Peru e Costa Rica – no entanto, a empresa já confirmou que ela será globalizada e, consequentemente, impactará o Brasil.

Os valores oficiais ainda não foram divulgados, mas se os 8 soles peruanos que vêm sendo cobrados no Peru são algum indício, podemos especular algo em torno de R$ 10 para o Brasil – ainda não se sabe se o valor é único por conta ou se é cobrado por cada compartilhamento (ou seja: três contas na mesma senha, três taxas de R$ 10 que dá, ao todo, R$ 30 extras no mês).

A ideia, como você já espera, é melhorar o faturamento da Netflix, que vem em um processo meio errático de queda. Se por um lado a pandemia impulsionou ganhos da plataforma em 2020, essa tendência não se confirmou nos anos seguintes. Aliás, as expectativas estão reconhecidamente baixas.

Segundo cálculos do Wall Street Journal, cerca de 100 milhões de pessoas são usuárias da plataforma por meio do compartilhamento de senhas.

Enquanto isso, a Netflix também anunciou seu repertório planejado de produções para 2023.

via Variety

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