A publisher norte-americana Activision confirmou que seu próximo grande lançamento, Call of Duty: Modern Warfare 2, exigirá que usuários credenciem um número de celular – ou não poderão começar uma partida no jogo de tiro em primeira pessoa (FPS).

A medida foi divulgada como uma forma de evitar o uso de softwares de trapaça e reduzir o volume de jogadores tóxicos dentro das partidas. Entretanto, a situação vem atraindo controvérsias por potencialmente excluir alguns possíveis usuários do título.

Call of Duty Modern Warfare II 2

Imagem: Divulgação/Activision

Isso porque a chave da questão está nas entrelinhas: a ordem da Activision é “linkar um número de telefone ativo”. Embora uma linha seja “ativa” já no ato de sua contratação, o que a publisher se refere é ao status permanente de sua conexão móvel. Provavelmente, a ideia é usar isso como mais um verificador de identidade de usuário – algo normalmente feito pela internet ou por mensagem de texto (SMS).

O problema: conexões momentâneas, como as de smartphones com linhas pré-pagas ou com planos de dados de pouca quantidade, não são consideradas ativas, haja vista que a ideia delas é justamente economizar gastos. Essa premissa gerou um problema para o recém-lançado Overwatch 2 (também da Activision), a ponto da empresa alterar seus parâmetros: agora, você pode linkar qualquer celular, mas isso só vale para contas do sistema de gerenciamento Battle.net abertas a partir de 9 de junho de 2021. Perfis anteriores não contam com este benefício.

Agora, dentro da página da Battle.Net sobre notificações via smartphones, consta a informação do uso da linha telefônica móvel para Modern Warfare 2 – separadamente do que se vê em Overwatch 2:

“Adicionar um número de telefone permitirá à Blizzard Entertainment lhe enviar notificações de mudanças importantes ocorridas em sua conta. Qualquer serviço móvel com plano de dados dentro dos países onde temos suporte, desde que não seja um plano pré-pago ou um número VoIP, poderá ser usado para este serviço.”

“Este serviço” seria Modern Warfare 2. A Blizzard é subsidiária da Activision e controla quase todos os procedimentos online da empresa, além de ser ela própria a publisher de alguns sucessos, como a franquia Warcraft.

A situação já vem atraindo descontentamento da comunidade: diversos portais de notícias internacionais que reproduziram a novidade no Twitter receberam respostas menos que favoráveis dos fãs…

 

“Aparentemente, eles não aprenderam…”

https://twitter.com/i_h4te_rand0ms/status/1579467014430945280

“Outra vez, essa mesma besteira…”

https://twitter.com/_DogBiscuits/status/1579463016114192384

“Eu, que comprei o jogo na pré-venda e uso um plano pré-pago, lendo isso…”

No perfil oficial do jogo no Twitter, porém, não há menção à proteção por parte da publisher, e o volume de reclamações do assunto nas outras publicações é relativamente pequeno.

A Activision ainda não comentou sobre a medida.

via Battle.net

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