O produtor japonês Naoki Yoshida chegou a dizer, antes do lançamento de Final Fantasy XVI, que o desenvolvimento de expansões (DLCs) para o jogo não eram uma possibilidade. Na chegada do título, em junho, foram mais de 3 milhões de cópias vendidas em um dia – obviamente, um sucesso.

E esse sucesso está fazendo o time de desenvolvimento reconsiderar a posição anterior:  em entrevista ao podcast GamerBraves, Yoshida disse que ideias para uma expansão já flutuam pela equipe de desenvolvimento, que está atualmente “considerando” qual o melhor caminho a seguir.

“Ao criarmos Final Fantasy 16, uma coisa que queríamos era desenvolver uma história completa, algo que você possa curtir 100%, do começo ao fim, sem nenhuma DLC – e acho que conseguimos isso. Agora, porém, nós entendemos pelo feedback que temos recebido dos jogadores, que muitos deles querem mais, e reconhecemos e compreendemos isso. Para nós, estamos pegando isso e pensando em opções para seguirmos em frente. Então, com sorte, em um futuro próximo, teremos algo a oferecer para vocês todos.” – Naoki “YoshiP” Yoshida

De fato, algumas semanas após o lançamento do jogo, alguns usuários tiveram o tempo hábil de terminá-lo e, com isso, vieram diversos fios de corrente no Twitter e outras redes sociais, sugerindo abordagens a pontos específicos do enredo. Não vamos incorporar nenhum aqui porque não encontramos uma publicação que fosse sem spoilers massivos, mas uma busca bem rasa já consegue render vários resultados.

No jogo predecessor, Final Fantasy XV, a história foi um pouco diferente: os “Episódios” – expansões dedicadas a Gladiolus, Prompto e Ignis (companheiros do protagonista Noctis), bem como o vilão Ardyn – vieram para complementar um título cuja narrativa se apresentava como densa, mas que tinha buracos incrivelmente expostos em sua progressão. Tanto que, tempos depois das expansões chegarem, criou-se o entendimento público que “as DLCs de Final Fantasy XV o tornaram o jogo que deveria ter sido desde o começo”.

Cena do trailer "Ascension" de Final Fantasy XVI

Imagem: Square Enix/Reprodução

Final Fantasy XVI se preocupou em trazer uma progressão de eventos com começo, meio e fim sem depender da oferta (e cobrança financeira) de conteúdos extras. Assim, se algo saísse após o lançamento, seria um “adicional”, não um “tapa-buraco”. Ao menos, essa foi a impressão que o time passou nas primeiras declarações do assunto.

Agora, porém, o jogo parece ter mudado, embora Yoshida não tenha compartilhado nada muito consistente.

Antes disso, porém, Final Fantasy XVI ainda terá que passar por alguns percalços: temporariamente exclusivo para o PlayStation 5, o título ainda deverá ser adaptado ao Xbox Series S/X e ao PC, o que por si já exige um trabalho considerável. Perto disso, tudo indica que qualquer DLC do jogo – se houver – vai demorar um bocado.

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