A demo de Final Fantasy XVI, um dos jogos mais aguardados dos últimos tempos, finalmente foi disponibilizada nesta segunda-feira (12). Essa versão, é claro, serve para os jogadores terem um gostinho da aventura que os aguarda, que deve ser bem diferente dos JRPGs mais tradicionais da franquia.

O TecMasters, já no aguardo do jogo, é claro, testou a demo de Final Fantasy XVI e conta o que achou. Confira!

Importante

O texto a seguir conta com alguns trechos do começo da história de Final Fantasy XVI, apesar de não entrar em detalhes para não grandes spoilers.

Final Fantasy XVI traz história impactante

O começo da história de Final Fantasy XVI pode até ser um pouco confuso, mas é preciso poucos minutos para que a história comece a envolver o jogador. Apesar disso, ao menos pelo que é visto nesta versão de demonstração, a premissa não chega a ser exatamente das mais originais.

Assim somos apresentados a Clive, um descendente da linha real que tem o poder de controlar a Fênix, a famosa ave da mitologia grega, de forma limitada e que precisa ajudar o seu reino a ser defendido de uma Praga. Mesmo com o foco nesse confronto, o título acerta mesmo no desenvolvimento dos personagens, que logo ganharam minha empatia.

FINAL FANTASY XVI - Clive

Imagem: reprodução/TecMasters

Com este pequeno enredo, fui levado a uma missão simples para eliminar goblins e outras criaturas que estavam nos arredores do reino. Esta missão, claro, serve mais para o jogador se familiarizar com o sistema de combate e não revela detalhes maiores da trama.

Já perto do fim da versão de demonstração do Final Fantasy XVI, que leva aproximadamente duas horas para ser finalizada, é que o bicho começa a pegar. Uma tragédia, quase anunciada, começa a ocorrer.

E, quando pensava que já tinha visto desgraça o suficiente, bom, algumas surpresas ainda maiores ocorreram. Sem querer entrar em spoilers, o diretor parece realmente ter acertado quando falaram que a inspiração veio de Game of Thrones, mas prefiro deixar que os jogadores tenham o mesmo gostinho de surpresa e espanto que tive.

Já o ponto alto da demo é mesmo quando a luta da imagem abaixo ocorre. Apesar de ela aparecer logo nos primeiros minutos, é somente no fim da demonstração que entendemos o que está acontecendo. E, honestamente, que prazer foi entender o motivo de ver uma briga tão intensa recebendo seu contexto, mesmo com alguns mistérios ficando no ar.

FINAL FANTASY XVI - briga entre eikons

Imagem: reprodução/TecMasters

Um ponto a ser notado é que Final Fantasy XVI, para contar sua história, aposta muito em CGs. Isso, na prática, significa que o jogador ficará um bom tempo apenas segurando o controle e sem interagir, mas é algo que já chegou a ser uma característica da franquia.

Pessoalmente, eu gostei da experiência, uma vez que os diálogos do jogo não são tão pesados e proporcionam um fácil entendimento da história. Além disso, ao menos até onde pude jogar, a tradução das legendas do jogo para o português também foi bem feita, apesar de não haver uma dublagem em português.

Gráficos bonitos, mas que não impressionam

Devido ao seu tempo em desenvolvimento e exclusividade para a atual geração de consoles, admito que estava com as expectativas lá em cima em relação aos gráficos de Final Fantasy XVI. Já na prática admito que fiquei um pouco decepcionado com o que pude ver.

Enquanto os poucos cenários que tive a chance de ver contam com uma ótima direção de arte, o mesmo não pode ser dito quanto às texturas. De forma geral, assim como em jogos da geração passada ou na qualidade gráfica baixo no PC, muitas texturas acabam aparecendo mais lavadas.

[Preview] Demo de Final Fantasy XVI deixa gostinho de "quero mais"
[Preview] Demo de Final Fantasy XVI deixa gostinho de "quero mais"
[Preview] Demo de Final Fantasy XVI deixa gostinho de "quero mais"

Não somente o cenário, mas até mesmo Clive, o personagem principal do jogo, sofre com este problema. Ainda nesta questão, vale notar que Final Fantasy XVI possui dois modos para rodar no PlayStation 5, sendo um focado em gráficos e o outro em performance.

Nos meus testes eu optei por rodar o título apenas no modo gráfico e, mesmo assim, notei os problemas descritos acima. Pelo lado positivo, neste modo, vale notar que só pude perceber quedas na taxa de quadros durante a luta entre os eikons.

Outro ponto a ser notado, ao menos na versão de demonstração, é que os cenários eram pequenos e não davam tanta margem para serem explorados. Assim, até mesmo itens que eram para estar escondidos ficavam evidentes.

Final Fantasy XVI herda parte de jogabilidade seu antecessor, mas melhora em quase tudo

Apesar de ter fechado o Final Fantasy XV, eu admito que não gostei nada de seu sistema de combate e nem da navegação pelo mapa. Já Final Fantasy XVI herda alguns elementos de seu antecessor e, apesar de não ser perfeito, é melhor em praticamente tudo.

Para começar, afastando-se de vez dos combates por turnos, Final Fantasy XVI tem todos os seus combates em tempo real. Uma das novidades fica por conta da adição de um botão de esquiva, que permite que desvios de ataques sejam feitos com relativa facilidade sem uma punição pelo movimento não ser feito em um tempo exato.

FINAL FANTASY XVI - combate

Imagem: reprodução/TecMasters

Alguns inimigos ganharam uma barra de ímpeto, que é praticamente a mesma vista em jogos do gênero souls-like. Uma vez que essa barra é esgotada, o inimigo acaba atordoado e é possível causar mais dano ao mesmo.

FINAL FANTASY XVI - inimigo com barra de impeto

Imagem: reprodução/TecMasters

Apesar desse leve flerte com o souls-like, o Final Fantasy XVI, ao menos em sua versão de demonstração, me trouxe combates extremamente fáceis. Honestamente, eu não sou muito fã do gênero souls-like, mas também não curti a facilidade extrema que tive para vencer os combates, mesmo que seja no começo do jogo.

Por outro lado, um combate mais fluído e com uma câmera funcional, algo que não existia em Final Fantasy XV para mim, me agradou bastante. Outro ponto em que foi melhorado é que soltar magias parece algo mais natural, sendo tudo feito com apenas um botão, ou seja, nada de segurar um gatilho e apertar outro botão para poder fazer isso.

Além da parte de ação em tempo real, o Final Fantasy XVI também traz pequenos QTEs (Quick Time Events) que deixam certas partes mais cinematográficas. Honestamente, não sou muito fã disto e prefiro ser punido ou não por erros cometidos em tempo real.

E, para finalizar em relação a jogabilidade, admito que me senti decepcionado com a má utilização do DualSense. No combate, honestamente, quase não vemos o uso de suas tecnologias, mas a Square Enix achou que por algum motivo seria divertido abrir portas usando pressão nos gatilhos adaptáveis.

Final Fantasy XVI tem mecânicas questionáveis

Mesmo com os elogios feitos para a parte de combate, algumas mecânicas, ao menos inicialmente, me causaram certa estranheza no Final Fantasy XVI. Essas estranhezas, ao menos pelo visto no começo do jogo, foram para o lado negativo.

Um dos pontos modificados é no mapa, que não deve agradar aos viajantes de longa data na franquia. Ao invés de poder andar por um mundo aberto, o Final Fantasy XVI oferece apenas um mapa em que viagens rápidas estão disponíveis para ir até o local de uma missão.

FINAL FANTASY XVI - mapa

Imagem: reprodução/TecMasters

Além disso, apesar do menu ajudar a ver seus status, a versão de demonstração não traz a parte de itens equipáveis à tona para serem comprados, apesar de um item ou outro ficar sobrando ali no inventário para ser equipado. Já a parte que me preocupa é a de habilidades.

FINAL FANTASY XVI - habilidades

Imagem: reprodução/TecMasters

Como é possível notar pela imagem acima, todas as habilidades de Clive cabem em apenas uma tela, sendo que é possível evoluí-las para realizar algumas ações diferentes. Honestamente, depois de ter tido acesso ao Sphere Grid em Final Fantasy X, fico preocupado que as habilidades possam ser melhoradas de forma rasa ou que estejam disponíveis em uma quantidade bem limitada.

Ao julgar pela versão de demonstração, entretanto, os pontos necessários para melhorar uma habilidade demoram a ser obtidos, ou seja, pode ser que demore até este pequeno “tabuleiro” fique completo.

Demo de Final Fantasy XVI deixa gostinho de quero mais

A versão de demonstração de Final Fantasy XVI traz praticamente apenas o prólogo do jogo e parece não mostrar tudo que é possível fazer no título. Mesmo assim, a parte da história a qual fui apresentado realmente me contagiou e acabou em um momento bem tenso que já me deixou com vontade de saber o que vem a seguir.

Enquanto os gráficos não impressionam, a direção gráfica do jogo surpreende e até um pouco mais sombria do que vimos em outros títulos da franquia. Por sua vez, a jogabilidade do título é agradável, mas ainda bato no ponto que gostaria que mais desafios fossem apresentados.

De toda forma, o saldo foi bem positivo e mal posso esperar para jogar a versão completa de Final Fantasy XVI que será lançada no dia 22 de junho de 2023.

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