RPGs feitos no Japão são comumente referidos na mídia e pelos fãs como “JRPG”, mas não conte com o apoio de Naoki Yoshida, produtor de Final Fantasy XVI, para a utilização do termo. Segundo ele, o jogo é simplesmente um RPG, e a atribuição nacionalizada, para ele, soa como algo discriminatório e feito para “tirar sarro” de produções feitas no país asiático.

A afirmação foi feita pelo próprio Yoshida em entrevista ao canal Skill Up do YouTube – parte da campanha midiática de promoção da publisher Square Enix para o jogo (e que envolveu uma sessão demonstrativa do jogo para veículos selecionados dos EUA e Europa).

Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’
Produtor de ‘Final Fantasy XVI’ não quer que você chame o jogo de ‘JRPG’

“Para nós, como desenvolvedores [no Japão], a primeira vez que ouvimos [o termo ‘JRPG’], ele soou como algo discriminatório. Como se alguém estivesse tirando sarro de nós por estarmos fazendo esses jogos, então para alguns desenvolvedores, o termo ‘JRPG’ pode soar como algo que vá despertar sentimentos negativos devido ao passado.

Não era encarado como um elogio para muitos profissionais no Japão. Entendemos que, hoje em dia, o termo ‘JRPG’ tem conotações melhores e vem sendo usado como algo positivo, mas nós ainda lembramos do tempo em que ele era justamente o oposto.” – Naoki Yoshida, produtor de Final Fantasy XVI

Questionado em mais detalhes pelo canal, Yoshida ainda citou um artigo publicado na imprensa há alguns anos que mencionava o termo em questão e o exemplificou como “basicamente Final Fantasy VII” – no entendimento do produtor, isso “compartimentaliza o que queremos criar em uma caixinha”.

Em outras palavras: antigamente, o termo “JRPG” era usado para designar jogos parecidos com Final Fantasy VII (possivelmente o mais popular de toda a franquia), o que essencialmente poderia afastar jogadores que não se sentissem atraídos pelo jogo e que, de uma forma mais ampla, entendessem o estilo dele como o único representante do gênero.

Existe mérito nessa ideia, haja vista que, se compararmos mesmo as várias produções da Square Enix no campo, Octopath Traveler é bem diferente de Final Fantasy XVI, por exemplo – ambos são RPGs e ambos são japoneses, mas no que tange a gráficos, gameplay e vários aspectos de progressão, trilha sonora e narrativa, comparar os dois é como comparar água e vodka simplesmente porque os dois são transparentes.

Há que se considerar, no entanto, as palavras de Yoshida em comparação à situação de alguns meses, quando Final Fantasy XVI foi acusado de não ter muita diversidade. Defensores do jogo rapidamente usaram o argumento de que “JRPGs seguem um padrão” e que isso justificaria a ausência, por exemplo, de personagens de outras etnias. De uma forma irônica, a forma como o produtor encara o termo invalida o argumento de que RPGs feitos no Japão têm uma estética própria.

Primeiras impressões de Final Fantasy XVI agradam a crítica

Falando especificamente do jogo, a Square Enix convidou jornalistas dos EUA e Europa (além do Japão, sua terra natal) para sessões de experimentação de Final Fantasy XVI – e as primeiras impressões são bem favoráveis.

Alguns dos convidados elogiaram a mudança para um tom mais “adulto” nesta edição da franquia, abraçando conotações que parecem pouca coisa – o fato de alguns personagens falarem palavrão, por exemplo – mas quem conhece o histórico conservador e tradicionalista da empresa e da marca sabe que isso é algo a se notar.

Outros jornalistas elogiaram a forma como os eikons – nome dado às clássicas invocações (summons) aqui – se integram ao combate, dando uma grandiosidade às lutas que, a exemplo dos predecessores mais recentes da franquia, segue um fluxo de ação dinâmica, novamente deixando de lado o sistema de batalha por turnos que popularizou o início de Final Fantasy.

Imagem mostra cenas de divulgação do jogo "Final Fantasy XVI", da Square Enix

Imagem: Square Enix/Divulgação

Segundo Yoshida, essa foi uma parte importante do desenvolvimento: o entendimento do produtor é o de que cada vez menos jogadores querem um sistema de combate simplificado como o de turnos – onde tudo é um passo a passo (faça isso, veja acontecer na tela, aguarde o ataque inimigo, ataque de novo). Então eles se moveram ao sistema mais voltado à progressão em tempo real. Por isso, disse Yoshida, que o jogo Final Fantasy XVI não sairá no PlayStation 4 – esse sistema exige processamento que só a geração atual tem.

Jornalistas que experimentaram isso afirmaram, em consenso, que as batalhas parecem mais grandiosas justamente pela escala dos eikons: quando você inicia um combate controlando um personagem humano, mas invoca uma das feras sagradas – que são, aparentemente, o ponto central da narrativa do jogo – a luta meio que “cresce”. Comparações a God of War sobraram, segundo alguns.

Final Fantasy XVI será lançado em 22 de junho de 2023, exclusivamente no PlayStation 5 (com expectativa de chegar ao Xbox Series seis meses depois)

Comentários

0

Please give us your valuable comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subscribe
Notify of
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Veja Também