Se no Brasil os jogos importados são motivos de polêmica, o assunto exportação de games é fator de comemoração. Isso porque o país tupiniquim exportou mais de US$ 53 milhões (R$ 276 milhões, em conversão direta) em jogos no ano passado, o que contribuiu para uma arrecadação de US$ 2,18 bilhões (R$ 11,3 bi) em receita.

Os resultados positivos foram divulgados pelo Brazil Games, projeto desenvolvido desde 2012 pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e pela Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames).

O objetivo do projeto visa a capacitação de empresas — dos mais diferentes portes — para a exportação de produtos e serviços de forma segura. Além disso o Brazil Games garante a participação de empresários brasileiros em eventos internacionais para divulgar o setor de desenvolvimento de jogos brasileiro.

“O mercado de games tem natureza 100% exportadora, isto é, seu formato digital tem potencial para que seus serviços e produtos sejam facilmente distribuídos. Através de nossas ações e da qualidade da mão de obra brasileira, os produtos e serviços de games do Brasil estão presentes hoje em 95% dos países de todo o mundo”, destaca o presidente da Abragames, Rodrigo Terra.

Games brasileiros em evidência

E ao que tudo indica, a iniciativa tem dado mais que certo. Como resultado do projeto, que atualmente conta com cerca de 140 empresas parceiras, estima-se que o Brasil tenha observado um aumento de incríveis 600% nas exportações de jogos desde 2012.

Isso não só coloca o Brasil como líder em receita da indústria de games na América Latina, como insere o país tupiniquim no top 15 global dos países que mais faturam com o segmento. Agora, o objetivo é incluir as produtoras brasileiras no metaverso, que tem ganhando os holofotes do setor tecnológico.

“Games trabalham com criação de mundo. E o metaverso é a evolução disso, em que as ferramentas da tecnologia são usadas para se viver em outras realidades, que não sejam só esta física como conhecemos. Com o grande potencial que temos em nossos serviços de desenvolvimento de jogos, tenho certeza que temos a competência e a tecnologia necessárias para tornar o Brasil um dos principais atores criativos do metaverso”, completou Terra.

Solução caseira?

A notícia torna-se ainda mais importante tendo em vista que os títulos gringos podem ficar mais caros no Brasil. Uma recente decisão do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) estabeleceu que softwares importados (incluindo jogos) devem sofrer maior tributação aqui no país.

Caso o entendimento seja estendido a todos os casos, as desenvolvedoras terão que pagar mais caro para trazer os jogos para cá, o que consequentemente aumentaria o preço dos games. Uma das alternativas seria justamente fomentar o desenvolvimento de títulos produzidos em território nacional — embora ainda não se comparem aos jogos gringos.

Independentemente disso, é importante observar como o Brasil ganha cada vez mais relevância na indústria de jogos, o que deve atrair mais estúdios e investimentos para o país. Bom para as desenvolvedoras brasileiras. Ótimo para os gamers tupiniquins.

Fonte: Agência Brasil

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