Inteligência Artificial
Ernie Bot, o ‘ChatGPT do Baidu’, chega a 100 milhões de usuários
Lançado comercialmente em agosto, recurso também consegue resumir textos grandes, pesquisar respostas na internet e sugerir dadosBy - Rafael Arbulu, 29 dezembro 2023 às 16:57
A gente já falou disso aqui no site, mas lá na China tem um “ChatGPT que não é ChatGPT”: criado pelo Baidu, o chamado Ernie Bot foi oficialmente lançado em agosto deste ano e, de lá para cá, já amealhou 100 milhões de usuários.
Segundo disse o CTO da empresa, Wang Haifeng, à Reuters, a marca foi originalmente comunicada durante um encontro entre executivos e desenvolvedores, e foi atingida graças também ao pré-lançamento de uma versão antecipada da inteligência artificial (IA) generativa chinesa em meados de março.
Imagem: Koshiro K / Shutterstock.com
Segundo analistas que também falaram à agência, o pré-lançamento, ainda que trazendo números pequenos, teve seu timing favorecido: no primeiro trimestre deste ano, não eram muitas as soluções de chatbot alimentados por IA – o ChatGPT não tinha muita competição naquela época – então a solução do Baidu, embora virtualmente igual à contraparte da OpenAI, ainda conseguiu ser “a novidade” do momento.
Boa parte dos usuários foram mantidos de lá para cá e, no lançamento definitivo do Ernie Bot, ele conseguiu trazer um volume maior de pessoas para utilizá-lo.
Na prática, o Ernie Bot é igualzinho ao seu concorrente: com comandos textuais simples, você pode resumir artigos científicos, matérias jornalísticas extensas, consultar informações na internet e até pegar sugestões, como montagem de treinos de musculação ou receitas culinárias para públicos específicos.
Tal qual o ChatGPT, também, o Ernie Bot pede que você valide as informações com profissionais do setor a fim de se proteger do processinho ter uma averiguação mais específica e consistente daquilo que você busca saber.
Segundo Robin Li, CEO do Baidu, o Ernie Bot está em uma posição extremamente favorável, com potencial de implementação em várias tecnologias emergentes, como carros elétricos e gerenciamento de estruturas de computação em nuvem.
Não há informação de quando — ou mesmo “se” — o recurso será levado ao Ocidente.
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