Três anos. Esse foi o tempo de hiato da Razer na Brasil Game Show — a famosa BGS. Em 2020 e 2021, a feira foi cancelada devido à pandemia do coronavírus. No ano seguinte, em 2022, a marca optou por não participar. Mas em 2023, a empresa finalmente retornou ao maior evento gamer da América Latina.

Durante cinco dias consecutivos, a Razer marcou presença com um estande repleto de atrações: além da exibição de produtos como Kitsune, Wolverine V2 Pro e a linha de mouses Cobra, a marca também preparou campeonatos e sessões de meet & greet com influenciadores parceiros.

Estande da Razer na BGS

Imagem: Igor Shimabukuro/TecMasters

E o TecMasters, claro, aproveitou a oportunidade para visitar o estande e, de quebra, bater um papo com Vitor Martins, diretor da Razer no Brasil.

Os principais pontos dessa conversa você confere logo abaixo.

Momento de transição…

Globalmente falando, 2023 tem sido um ótimo ano para a Razer: lançamento do console portátil, diversos prêmios conquistados na CES — algo que tem se tornado corriqueiro —, novos produtos anunciados e renovações de linhas de sucesso da marca.

Mas tratando-se de Brasil, o ano representa um “momento de transição“, segundo o próprio Vitor Martins. Isso porque a empresa de periféricos agora tem a Multi (antiga Multilaser) como distribuidora oficial em território brasileiro, o que significa mudanças e novas possibilidades.

“No Brasil, estamos em um período de transição. Mudamos de distribuidor. Isso levou cerca de uns 10 meses e estamos nos reestabelecendo no mercado. Desde setembro isso já está 100% e estamos com tudo”, contou o diretor da Razer no Brasil.

Multi, nova distribuidora da Razer

Imagem: divulgação

… e de crescimento

É verdade que, por conta dessa mudança, a marca acabou atrasando a vinda de alguns produtos para cá. Mas o cenário agora mostra-se bastante otimista para Razer, que deve aproveitar a nova logística da distribuidora para chegar aos usuários de Norte à Sul do país.

“Nosso maior planejamento é usar a estrutura da Multi para chegarmos a lugares onde nunca estivemos. Atender o cara de Cuiabá ou que está no Sul… Antes éramos muito centralizado em São Paulo e na parte online. A ideia agora é crescermos na parte física também”, projetou Martins.

E a boa notícia é que essa nova cadeia logística proporcionará benefícios no curto e no longo prazo.

“A curto prazo temos um maior número de pontos de venda, uma assistência técnica que faz jus a uma empresa de capital aberto e preços possivelmente mais atrativos devido à logística da Multi ser muito melhor. No longo prazo, temos a possibilidade de usar a linha que eles têm em fábrica e fazermos um produto no Brasil. Até quem sabe trazer um notebook pra cá e fabricar aqui. Vai sair mais barato e talvez tenha preço pro mercado brasileiro. É uma das opções”, completou.

Parcerias e segmento de luxo no radar

Com a parte logística devidamente ajustada aqui no Brasil, há expectativas para preços mais baratos por aqui — que podem ser vistos principalmente nos produtos de entrada. Mas outro campo parece estar no radar da marca: o segmento de luxo.

Não à toa, a Razer fez parcerias “de peso” (ou seriam de grife?) recentemente. Isso foi visto no poderoso Blade 16 x Automobili Lamborghini Edition e na aliança com a Dolce&Gabbana para o surgimento exclusivo de uma linha voltada para moda e outra para periféricos gamer.

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Vitor Martins até confirmou que o segmento de luxo também é um dos focos. Mas mais que isso, essas parcerias trazem um valor agregado muito mais importante à marca.

“Essas parcerias mostram a união com marcas que têm a mesma filosofia. Acho que é mais do que ‘só’ entrar no mercado de luxo. A Razer é do mercado de games, mas se uniu com marcas que têm o mesmo apelo dentro de seus segmentos”, pontuou o executivo.

Como consequência, a tendência é de cada vez mais parcerias daqui pra frente.

Futuro da Razer é sustentável

E se novas parcerias são uma certeza, um futuro cada vez mais sustentável para a empresa também é. Aliás, 100% dos escritórios globais da marca já eram alimentados por energia limpa ou renovável no fim de 2022 — uma meta cumprida com três anos de antecedência.

E ao que tudo indica, esse foco em sustentabilidade vai seguir firme e forte para os próximos anos.

“Temos um fundo que foi criado só para comprar empresas pequenas com foco sustentáveis. Também temos o programa Sneki Snek que projeta alguns milhões de árvores plantadas a cada coisa que a gente vende. Nossos escritórios não têm papel. A sustentabilidade é um de nossos pilares”, concluiu Martins.

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