Um hacker vazou “vários trechos” do código fonte do Twitter dentro do GitHub, a plataforma de compartilhamento de projetos de programação que é subsidiária da Microsoft. O caso veio à tona após documentações judiciais serem divulgadas pelo New York Times.

Pela papelada, uma pessoa apelidada “FreeSpeechEnthusiast” (“Entusiasta da Liberdade de Expressão”, na tradução livre) é o usuário do GitHub responsável pela publicação do material. Ainda não se sabe como ele conseguiu as partes vazadas do código, mas a pedido do Twitter, o GitHub já removeu o material problemático e, à Justiça estadunidense, está tentando descobrir a identidade real da pessoa.

Twitter

Imagem: Shutterstock

De acordo com o jornal norte-americano, ainda não há informação de que o GitHub tenha fornecido os dados pedidos pela rede social liderada por Elon Musk. A página de segurança da plataforma afirma, no entanto, que há instâncias em que a identidade ou parte da identidade de um usuário pode sim ser compartilhada, dentro dos seguintes contextos:

“Podemos compartilhar suas informações com terceiros em uma das seguintes circunstâncias: com seu consentimento, com nossos prestadores de serviços, para fins de segurança, para cumprir nossas obrigações legais, ou quando houver mudança de controle ou venda de entidades corporativas ou unidades de negócios.”

Em outras palavras: judicialmente falando, o GitHub pode ser forçado por uma decisão de qualquer juiz de direito a entregar dados que levem à identificação de “FreeSpeechEnthusiast” – é esse o processo que o Twitter tomou.

Entende-se por “código fonte” é um conjunto de instruções escritas em uma linguagem de programação por um especialista, no intuito de se criar alguma aplicação – seja ela um programa de computador, um app de smartphone, um site ou algo similar. Essencialmente, ele é como um manual de instruções para que seu computador entenda que aquela aplicação deve funcionar de um jeito específico.

Devido ao seu papel essencial ao funcionamento de, bem, qualquer coisa computadorizada, o código fonte normalmente traz dados proprietários da empresa que o gerencia. Por essa razão, essa é uma informação altamente protegida em qualquer plataforma – especialmente uma rede social do tamanho do Twitter, que fechou 2022 com quase 370 milhões de usuários, segundo o Statista.

Até o momento, o Twitter não comentou publicamente a situação.

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