Banco Central: vazamentos do Pix são ‘leves’, envolvem dados ‘poucos sensíveis’ e vão continuar

Desde a lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020, o Banco Central registrou 3 casos de vazamento de dados

By - Liliane Nakagawa, 14 fevereiro 2022 às 8:45

Em um ano e dois meses após o lançamento do Pix, em novembro de 2020, o Banco Central já registrou três casos de vazamento de dados. Depois de mais um incidente, registrado no começo do mês pela empresa de pagamentos Logbank, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto afirmou nesta sexta-feira (11) que os vazamentos do Pix vão ocorrer com “alguma frequência” e que os casos registrados até agora são “leves”. Ele adicionou que a autoridade monetária está atuando para que as ocorrências sejam as mínimas possíveis.

BC: vazamentos do Pix são 'leves', envolvem dados 'poucos sensíveis' e vão continuar

Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Campos Neto também comentou que todos os dados até agora não incluem senhas e informações sobre movimentações financeiras — a maioria deles, disse o presidente da autarquia, podem ser obtidos publicamente. “A gente tem vazamento, às vezes, que é nome e CPF. Nome e CPF têm no talão de cheque da pessoa. Você tem, às vezes, o vazamento de telefone, que a chave é o telefone celular, mas grande parte das pessoas tem o telefone celular aberto, você entra em um sistema de consulta, bota o nome e acha o telefone”, comentou Campos Neto.

No início do mês, o Banco Central informou que não mais divulgará casos de exposição de chaves Pix por avisos — os incidentes serão listados apenas no site. Apesar da notícia, Campos Neto disse que a autarquia tem adotado postura mais transparente com relação a outros países, ao comunicar vazamentos pelo seu próprio site.