Parece que foi ontem que Electronic Arts e Dice apostaram suas fichas ao lançar um jogo de tiro multiplayer chamado Battlefield 1942. Mas só parece mesmo: o game em questão chegou ao seu 20º aniversário no último sábado (10), data que também marcou os 20 anos da icônica franquia de ação.

É certo que o presente talvez não reflita toda a autonomia alcançada por Battlefield nessas últimas duas décadas. Mas desmerecer todo o progresso de uma das séries de tiro em primeira pessoa — o famigerado “FPS” — mais famosas do mundo seria um erro dos grandes.

Battlefield: 20 anos de inovações e mesmices

Em 10 de setembro de 2002, Battlefield 1942 chegou ao mercado com a proposta de um novo tipo de jogo FPS: uma experiência que proporcionava batalhas massivas ambientadas em um sandbox com tema da Segunda Guerra Mundial, além de estimular a criatividade com momentos únicos no campo de batalhas.

O principal diferencial do título que deu o pontapé para a franquia abrangia as questões de jogabilidade. Isso porque, além das infantarias, os jogadores podiam controlar veículos, o que tornava a jogatina muito mais dinâmica e combatia a mesmice do gênero.

Com o sucesso do primeiro jogo, o inevitável aconteceu: EA e Dice seguiram firmes e focadas no desenvolvimento da franquia. Diversas sequências foram lançadas posteriormente, seja com novas ambientações (como em BF Vietnam) ou novos sistemas gráficos (como em BF IV).

Por falar em gráficos, vale destacar o desenvolvimento dos motores de jogos para aprimorar o visual dos títulos. Além disso, cada novo Battlefield lançado era sinônimo de mais armas, mais veículos de guerra e modos multiplayer cada vez mais robustos.

Battlefield V

Imagem: Reprodução/AIRTON

Curiosamente, esses 20 anos de Battlefield também foram marcados por mesmices. Embora gráficos, motores de jogos e arsenais tenham sido otimizados, a premissa básica da franquia praticamente não mudou: duas equipes em um grande mapa em busca de tomar pontos de controle e eliminar oponentes.

Talvez essa seja uma das principais críticas atuais à franquia. Ao que parece, Battlefield foi visto por muito tempo como um jogo autônomo, que era “descartável” após o lançamento do título seguinte. Mas a estratégia (tardia) agora parece tornar os jogos mais duradouros, com atualizações constantes e expansões de conteúdo cosméticos.

O modelo até pôde ser visto no lançamento Battlefield 2042 em novembro do ano passado. Mas bugs, problemas nos servidores e a mesmice (já comentada) fizeram com que o game resultasse em um verdadeiro fiasco, tendo alcançado o posto de um dos jogos mais mal avaliados na Steam.

Futuro da franquia

A boa notícia para os fãs da série é que mudanças estão a caminho. EA e Dice já afirmaram que estão com uma estratégia de “all-in” para desbloquear todo o potencial possível e tornar a franquia uma das maiores de gênero de tiro em primeira pessoa do mundo.

Para isso, as equipes deverão focar em novos mundos e narrativas, modos multiplayer otimizados, além de experiências inovadoras para os jogadores. Se isso vai ser suficiente? Difícil saber. Mas que o futuro traga boas notícias que combatam a má impressão recente deixada.

Até porque não é qualquer franquia que consegue permanecer viva após 20 anos. E se Battlefield conseguiu, significa que apelo do público não falta.

Via: Kotaku

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